Resende – Conhecida por ter um parque industrial com área de 23 milhões de metros quadrados e abrigar unidades fabris do setor metal-mecânico e químico-farmacêutico, a cidade de Resende deverá, muito em breve, investir em um grande complexo de saúde numa área próxima ao polo industrial do município, com pelo menos 500 mil metros quadrados. A ideia, segundo o prefeito Diogo Balieiro Diniz contou em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO VALE, é diversificar a gama de negócios e atrair ainda mais empresas para a região.
“Fizemos um balanço do desenvolvimento econômico de Resende nesses anos de governo, restando agora um ano de mandato. A cidade avançou muito em um modelo de gestão que tem dado certo. Com o município crescendo, podemos entregar um serviço público de qualidade”, disse Balieiro, revelando que a criação de uma companhia de desenvolvimento econômico para atender ao município poderá atrair novas indústrias para a região.
De acordo com Diogo Balieiro, a ideia é fortalecer a vocação químico-farmacêutico de Resende e associá-la ao novo complexo de saúde. “O entendimento do governador Cláudio Castro é que o estado do Rio precisa ser menos dependente da indústria do petróleo e gás, no que concordamos. O projeto da Companhia de Desenvolvimento Econômico já foi para a Câmara”, explicou o prefeito.
Novos investimentos regionais
O deputado estadual Tande Vieira concordou e foi além. Reforçou que o polo siderúrgico é importante, mas que é imprescindível explorar novos horizontes e possibilidades. “Com a substituição de importações na área de saúde, o investimento em complexos do setor é uma tendência para os próximos anos”, avaliou o parlamentar. “Esta é uma das vertentes para se trabalhar”, completou.
Para Tande, a colaboração da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) é indispensável para a incursão – não só de Resende, mas de todo o Médio Paraíba – em novos modelos de negócio. “A região tem avançado muito e isso aumenta a possibilidade de atrair mais indústrias e mais empregos”, disse, acrescentando que com a chegada de novos investimentos e empresas no país – como os da Nissan, que anunciou uma injeção de R$ 2,8 bilhões na planta de Resende –a briga entre os Estados para garantir seu quinhão é grande.
Mas, segundo o parlamentar fluminense, o estado do Rio sai na frente de todos eles. Questionado sobre se já existe algo definido para o Sul Fluminense, Tande desconversou. “Preferimos aguardar os papeis serem assinados, mas vem muita coisa boa por aí, com certeza”, concluiu.