Rio – O secretário estadual de Óleo, Gás, Energia e Indústria Naval do Rio de Janeiro, Hugo Leal, entregou ao Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, um ofício em que pede prioridade para as obras de conclusão da usina nuclear Angra 3. “A retomada das obras de Angra 3 vai gerar de 7.000 a 9.000 empregos e R$ 21 bilhões em investimentos”, lembrou Leal.
Leal, que é defensor desse modo de produção de energia, também defendeu que Angra dos Reis abrigue mais uma usina nuclear, que seria Angra 4, e que a vida útil de Angra 1 seja estendida.
Ele também argumentou a favor da ampliação da unidade de enriquecimento de urânio da INB (Indústrias Nucleares do Brasil), que fica em Resende, no distrito de Engenheiro Passos.
Além das usinas nucleares e da INB, o Estado do Rio abriga também o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), a Nuclep, que produz equipamentos pesados para a Nuclebrás, o estaleiro da Marinha onde está sendo construído o primeiro submarino nuclear do Brasil, o o órgão regulador e a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), Leal vê o Estado do Rio como a “capital nacional da energia nuclear”.
As obras da usina
A construção de Angra 3 foi retomada em novembro do ano passado. As etapas de construção da unidade incluem as obras civis, a montagem eletromecânica, o comissionamento de equipamentos e sistemas e os testes operacionais. Assim como Angra 2, ela usará tecnologia de origem alemã desenvolvida pela Siemens/KWU, atualmente sob propriedade da empresa francesa Framatome.
A construção da usina teve início em 1984 e sofreu diversas interrupções por restrições econômicas. Em 2015, quando registrava 65% de progresso, foi paralisada pela última vez em decorrência de denúncias de desvios de recursos.
Para a retomada dos trabalhos, foi criado o Plano de Aceleração do Caminho Crítico de Angra 3. Na etapa em curso, além de concluir as obras civis, são previstos o fechamento da esfera de aço que fica dentro do edifício do reator e a instalação de equipamentos importantes, como a piscina de combustíveis usados, a ponte polar e o guindaste do semipórtico.
A usina terá capacidade para gerar 12 milhões de megawatts-hora por ano. Segundo a Eletronuclear, essa energia é capaz de atender ao consumo residencial da região Norte ou de quase todo o Centro-Oeste.
2 comments
Que venha logo angra 4 !!
#confia
Já vai fazer 3 anos que estão a falar que vai contratar e gerar emprego e até agora nada.
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