RJ capacita 400 profissionais de saúde em doenças raras

Iniciativa de Munir Neto envolve secretarias de Saúde de Volta Redonda e do Estado do Rio, além de centros universitários e laboratórios

by Mayra Gomes

Volta Redonda – A partir desta sexta-feira (19), o Estado do Rio de Janeiro passa a contar com 400 profissionais de saúde capacitados em doenças raras, numa inciativa inédita que reuniu universidades, Poderes Legislativo e Executivo, além da iniciativa privada.
Articulada pelo coordenador da Frente Parlamentar de Doenças Raras da Alerj, deputado Munir Neto (PSD), a capacitação inédita foi realizada em três dias, em Volta Redonda. O objetivo é fazer um diagnóstico precoce de um paciente com doença rara, impedindo sequelas e até mesmo a morte.
“Já temos em andamento a capacitação em três faculdades de medicina e de profissionais de saúde em dois outros municípios, incluindo mais doenças raras na capacitação”, disse Munir, acrescentando que esses 400 profissionais vão se tornar multiplicadores, alcançando mais de 2 mil profissionais de diversos municípios do estado.
Para a enfermeira Paula Cristina Cavalcanti, essa capacitação é muito importante para entender sintomas que podem ser de doenças raras. “Isso nos ajuda a dar o encaminhamento correto de um paciente, evitando internações prolongadas e melhorando a qualidade de vida dele”.
Além de enfermeiros, foram capacitados médicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e agentes de saúde. O cardiologista Carlos Ruchaud e a neuropediatra Clarisse Fortes, especialistas em doenças raras, ministraram a capacitação.
Clarisse lembrou a importância da vigilância do desenvolvimento neuropsicomotor de uma criança, através da caderneta de vacinação. “Nessa capacitação, mostramos os sintomas em todas as etapas de desenvolvimento.”
Para Ruchaud, a grande diferencial dessa capacitação é que ela é voltada para um profissional de ponta. “É aquele que atende o paciente e vai suspeitar que talvez possa ser uma doença rara e aí já fazer o encaminhamento rápido, evitando que ele passe por 10 a 14 médicos e leve de 8 a 10 anos para tentar ter um diagnóstico correto”, disse o médico, que tem 25 anos de especialização em doenças raras.
A parceria envolve as secretarias de Saúde do Estado e de Volta Redonda, as universidades UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda) e UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase) e os laboratórios Roche e Recordati.

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