Sul Fluminense intensifica ações para combater a dengue

by Diário do Vale

Focos do mosquito Aedes aegypti são literalmente caçados em cidades da região – Foto: Arquivo

Sul Fluminense – As cidades da região seguem no trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti. Em Volta Redonda, por exemplo, o Centro de Controle de Zoonoses informou que o trabalho de combate ao mosquito é continuo. As equipes fazem ações durante todo o ano e durante os meses mais quentes, quando a proliferação do mosquito tende a aumentar, as ações são intensificadas.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental, Janaína Soledad, o trabalho de conscientização da população também é feito, para que os próprios cidadãos vistoriem seus quintais ao menos uma vez por semana. Segundo Janaína, os agentes realizam visitas às residências para orientar os moradores de como eles devem vistoriar suas residências, lembrando que cerca de 90% dos focos encontrados estão dentro das casas.
Também são realizadas as chamadas “ações de bloqueio”, que consistem nas vistas e aplicação de medidas em áreas onde estão ocorrendo notificações de suspeita de dengue, Zika ou Chikungunya.
Segundo dados do Centro de Controle de Zoonoses, em 2019 foram notificados 412 casos de dengue, sendo que apenas 28 deles foram confirmados. Sobre o LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti), o CCZ informou que o índice está abaixo do que é considerado como preocupante pelo Ministério da Saúde.

Resende zera casos em janeiro

A preocupação em manter o município livre da dengue e evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti em Resende fez com que a prefeitura se unisse aos demais órgãos públicos e tomasse diversas medidas e ações. De acordo com o veterinário Rodrigo Campos Teixeira, coordenador do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da prefeitura de Resende, entre as ações realizadas estão visitas domiciliares a cada dois meses, visitas em ponto estratégicos e monitoramentos em locais de alto risco de proliferação de mosquitos a cada 15 dias.
Além disso, ele destaca o uso de UBV e fumacê na área ao redor dos endereços onde há suspeitas de casos de pessoas com dengue, Zika, Chikungunya ou Febre Amarela. “Também fazemos palestras em escolas e órgão públicos, além de distribuições de matérias impressos educativos”, diz.
Entre as dificuldades enfrentadas pelos agentes de saúde durante as ações contra a dengue nos bairros, o coordenador da zoonose cita o alto número de imóveis fechados. Por outro lado, Rodrigo tranquiliza que o bom trabalho desenvolvido pela prefeitura já está obtendo resultados positivos, pois até o momento nenhum caso confirmado de Dengue foi registrado no município de Resende, somente suspeitas.
– Segundo o último LIRAa realizado nos dias 03/02/19 à 09/02/19 foi identificado Médio Risco de infestação de 2,0%, colocando o município em estado de alerta – confirma aliviado.

BM cobra adesão da população

A Secretaria de Saúde de Barra Mansa, através da Vigilância em Saúde Ambiental, informou que o município tem realizado diversas ações a fim de evitar a proliferação da dengue. Entre elas estão, visitas domiciliares para orientação e eliminação de focos de larvas e palestras nas comunidades e nas igrejas.
As maiores dificuldades enfrentadas pelos agentes passam pela falta de adesão de parte da população, que ainda insiste na prática de não dar o destino certo para o lixo, jogando na beira dos rios, córregos ou terrenos baldios. Outras dificuldades encontradas pelo setor estão relacionadas às caixas d’água sem tampa, calhas para escoamento das chuvas entupidas, pneus, garrafas e outros materiais que favorecem o acumulo de água.
Segundo um levantamento municipal, 90% dos focos da dengue estão localizados em residências. Não há uma localidade específica que concentre maior registro de casos da doença.
De acordo com o último LIRAa, o município pode ser considerado de baixo risco. Porém, os cuidados devem ser mantidos, pois a realidade pode mudar rapidamente.

Itatiaia faz balanço

A equipe da Vigilância em Saúde, vinculada à Secretaria de Saúde e composta pelo grupo de trabalho conjunto da Vigilância Ambiental, Epidemiológica e Sanitária, realizou o levantamento de controle da dengue no município de Itatiaia, neste primeiro trimestre de 2019.
Nos últimos dois meses, período em que o risco de proliferação do mosquito é mais crítico devido ao verão, foram vistoriados mais de 8 mil imóveis, e destes tratados 1.142, na região (500 eram de depósitos). Cerca de três toneladas de lixo foram recolhidas e higienizadas.
Entre os 10 casos de suspeita de dengue, a cidade teve 01 quadro confirmado, que recebe atendimento no hospital municipal Dr. Manoel Martins de Barros, e nenhum para as demais arboviroses (zica vírus e chikungunya).
Em uma das amostras da pesquisa, 9 imóveis de um total de 15 vistoriados apresentaram a presença de larvas do mosquito Aedes aegypti. No estudo foram coletados 34 tubos de análise, sendo 20 destes positivos com as larvas.
Entre as ações imediatas foi realizado pela equipe um bloqueio químico e mecânico, e a distribuição de 2.025 folders de conscientização, além de alertas, eventos e informativos amplamente divulgados nas mídias oficiais da Prefeitura. Também foram expostos cerca de 50 cartazes em pontos de grande movimentação e nos centros comerciais.
Após a campanha, a equipe realizou um levantamento sobre os bairros que ainda necessitam de maior combate ao mosquito da dengue e às demais arboviroses. Segundo apontamento do último LIRAa, realizado em fevereiro, as áreas de Vila Flórida, Campo Alegre e Jardim Itatiaia necessitam de um cuidado maior.
Em relação as denúncias de novos casos, elas podem ser feitas através do número: 3352-1587.

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