Suspeitos de serem os mandantes do atentado contra prefeito de Paraty são presos

by Diário do Vale
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Atentado: Prefeito foi baleado de raspão na cabeça quando saia da prefeitura em maio deste ano
(Foto: Arquivo)

Paraty – Dois homens suspeitos de serem os mandantes do atentado contra o prefeito de Paraty, Carlos José Gama Miranda (PT), o Casé, e o primo dele e servidor público, Sérgio José Miranda Silva, foram presos nesta manhã (1º), após uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar (CI/PMERJ). O crime teria sido motivado por vingança, depois que a prefeitura conseguiu na Justiça a reintegração de um terreno que os dois acusados ocupavam no bairro Caburê.

Foi cumprido mandados de prisão temporária de 30 dias contra Jorge Porto Júnior, conhecido como “Romarinho”, de 50 anos, e Gilcélio Porto, vulgo “Buda”, de 39 anos. De acordo com as investigações ainda em curso, eles são irmãos e suspeitos de envolvimento nas tentativas de homicídio do prefeito de Paraty e de seu primo. Segundo o MPRJ, os dois se dizem primos do ex-prefeito de Paraty, José Carlos Porto Neto, o Zezé.

Casé foi atingido, por volta das 19h do dia 19 de maio deste ano, quando deixava a prefeitura na companhia de Sérgio José, na Avenida Princesa Isabel, no bairro Pontal. Os dois foram alvejados na cabeça por um motoqueiro que os aguardava do lado de fora do prédio e fugiu após os disparos. De acordo com a perícia técnica realizada pela Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (DDIT-CSI) do MPRJ, José Carlos Godoy Bustamante, preso temporariamente no dia 21 de julho deste ano, foi o executor do crime.

Após a prisão de José Carlos, as investigações prosseguiram para a identificação dos mandantes do crime. A partir da análise de imagens captadas por câmeras de segurança de diversos estabelecimentos da cidade, da oitiva de testemunhas, bem como das informações prestadas pelo executor do delito, restou constatado o profundo envolvimento dos irmãos “Romarinho” e “Buda” com o crime, motivo pelo qual tiveram suas prisões decretadas pelo juízo da Vara Única de Paraty.

Motivação do crime teria sido ocupação de terreno

O delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, Fábio Cardoso, disse que o motivo do atentado contra o prefeito foi por causa de um terreno da prefeitura que era ocupado pelos dois suspeitos na localidade conhecida como Caixa D`água, no bairro Caburê.

O delegado disse ter provas, por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, e imagens gravadas por câmeras de segurança, onde aparece juntos Romarinho, Buda e José Carlos Godoy Bustamante logo após o atentado contra o prefeito. Bustamante é apontado pela polícia como o motociclista que efetuou os disparos. Ele foi preso no dia 21 de julho deste ano.

A Prefeitura de Paraty confirmou que os dois irmãos ocuparam o terreno pertencente ao município e que, em janeiro deste ano, o prefeito Casé ganhou na Justiça a reintegração de posse.
Segundo a assessoria da prefeitura, o prefeito então repassou o terreno para a concessionária que faz o tratamento e distribuição de água do município.

“A Prefeitura de Paraty agradece o empenho da polícia, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e do Ministério Público nas investigações do atentado contra o prefeito Casé e ressalta que o esclarecimento do crime é um desejo de toda a população paratiense, que repudia a cultura da violência e foi indiretamente atingida por esta tentativa de homicídio”, dizia trecho da nota da prefeitura enviada à imprensa.

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2 comments

PLATÃO, O PENSADOR 1 de setembro de 2015, 19:02h - 19:02

Curioso! Veja como este país é pitoresco, e a Justiça aqui só funciona para alguns. Explico. Dos crimes que ocorrem no país, não chega a 10% a solução deles. Muito pouco. A impunidade é imensa! Agora reparem como a coisa funciona por aqui. O atentado contra o prefeito de Paraty ocorreu em maio último e, digamos, que a polícia não parou enquanto não encontrou o criminoso. O país é assim. Fica a conclusão de que quando a polícia quer, ela é capaz de ir ao fim do mundo para resolver um crime. Logo, fica a pergunta: e por que esse procedimento não é feito com os crimes que ocorrem com o cidadão comum?

Moacyr Duarte 1 de setembro de 2015, 13:33h - 13:33

E qual foi a motivação do crime?

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