Três décadas de Cultura em Resende

Por Diário do Vale

Em 2019, a Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda (FCCMM) está completando 30 anos de existência. A instituição é responsável por formular e implementar as políticas públicas de governo relativas à Cultura  em Resende.

A Fundação é órgão superior, subordinado diretamente a Prefeitura Municipal de Resende, e se constitui como órgão gestor e coordenador do Sistema Municipal de Cultura. Sua criação aconteceu em 1989, através da lei 1607/89. Com uma trajetória repleta de conquistas institucionais e ações culturais que confirmam as estrofes do Hino de Resende “A esta erra que é um berço divino / De poetas, de artistas, de heróis!”, do poeta resendense Luiz Pistarini. O ato de criação da FCCMM é resultado de um longo processo histórico, que tem seu início no século XIX, atravessa o século XX e continua no século XXI.

A finalidade primeira da criação da Fundação foi a de promover e estimular a manifestação da cultura popular de Resende, assim como a de difundir o conhecimento histórico do Município através do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico.

O artigo terceiro do Estatuto da Fundação diz que para cumprir suas finalidades, ela pode firmar contratos, acordos e convênios com entidades públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras, para obter ou prestar apoio ou assistência de qualquer natureza e contratar a prestação de serviços técnicos com pessoas físicas, nacionais ou estrangeiras, observando a legislação pertinente, e praticar todos os atos destinados ao desenvolvimento de suas atividades.

A FCCMM reúne diversos elementos fundamentais no resgate da memória de Resende, através do Arquivo Histórico, com documentos raríssimos que recriam séculos de história. No prédio da Fundação também funcionam: a Escola de Música Maestro Aniceto, o Museu da Imagem e do Som e o Arquivo Histórico Municipal. São também integrados à Fundação, a Biblioteca Municipal Jandir Cezar Sampaio (no Espaço Z), o Museu de Arte Moderna (MAM) de Resende e o Cine Vitória.

O nome da Fundação é uma homenagem a Macedo Miranda, um escritor e jornalista resendense que contribuiu para a criação de importantes núcleos culturais em Resende, como a Biblioteca e o Museu de Arte Moderna.

O presidente da FCCMM, Thiago Zaidan, ressalta a importância da Fundação, que é responsável por transformar a vida de muitas pessoas, como aconteceu com o próprio.

– Eu, assim como o diretor Fábio Monteiro, fui aluno da FCCMM e isso marcou muito a minha trajetória. A Fundação tem esse poder de promover o acesso à cultura e fazer a diferença na vida das pessoas. Temos aulas de música, temos museus e exposições muito ricas e impregnadas de cultura e história. Sua importância enquanto espaço de preservação da memória do município também é muito grande. São muitas razões pelas quais devemos celebrar e valorizar a existência da FCCMM – diz o presidente.

 

 

Comemoração

Nesta sexta-feira (14), a entidade realizou uma série de atividades para celebrar a data. A programação teve início com o show musical promovido pela Banda da Casa da Cultura e uma homenagem prestada por profissionais e alunos da Fundação, além da participação de alunos de duas escolas municipais, E.M. Maria Dulce Freire Chagas e Escola Profissional Sagrado Coração de Jesus, além de alunos da Escola de Música Maestro Aniceto, que funciona na Casa da Cultura.

Uma sessão solene no Plenário da Câmara Municipal de Resende também lembrou a importância cultural da Fundação, com uma homenagem aos nomes presentes que fizeram parte da história do espaço.

 

 

Quem foi Macedo Miranda

Macedo Miranda (1930- 1974), nascido em Resende, fez de suas origens a matéria de sua ficção. Os anti-heróis em seus livros vivem em lugares que se chamam Tinguaçú ou Limópolis, nomes que escondem ou revelam a cidade da sua infância.

Em 1948, Macedo Sobrinho fundou a Biblioteca Municipal. Dois anos depois, com Marques Rebelo, artista engajado no movimento modernista, e os amigos Augusto Rodrigues, Frederico de Carvalho, Chico Fortes e Altamiro Pimenta, criou o Museu de Arte Moderna de Resende. Um movimento ousado que resultou em acervo inicial valioso.

Na década de 1950, a convite de Carlos Lacerda, foi para o Rio de Janeiro. Trabalhou no Jornal do Brasil, na Tribuna da Imprensa, nas revistas Manchete e Fatos & Fotos, entre outros.

Escrevendo sempre à noite ou de madrugada, construiu sua obra literária. Autor de 16 livros, conforme escreveu o imortal Antonio Olinto, em 2005, foi com O Deus Faminto que Macedo Miranda realmente deixou seu nome na literatura brasileira. Foi o escritor fluminense que melhor retratou o Vale do Paraíba no momento após o declínio do café, atestam as críticos. É uma das mais importantes e consistentes produções brasileiras da primeira metade do século XX.

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