Barra Mansa – Doar o próprio corpo ou o corpo de algum familiar para fins de pesquisa não é um pensamento recorrente na vida das pessoas. No entanto, esse tipo de doação é fundamental para as instituições de ensino. Segundo a coordenadora dos Laboratórios Multidisciplinares do UBM – Centro Universitário de Barra Mansa, Elaine Sanches, o estudo prático na área da anatomia é imprescindível para uma formação de qualidade, que irá levar bons profissionais para a sociedade, lembrando que o aprimoramento teórico é imprescindível para que o estudante tenha a vivência da prática. “Os modelos artificiais são uma forma de complementar o estudo, mas não substituem a estrutura detalhada encontrada nos cadáveres”, afirma.
A coordenadora enfatiza também a dificuldade em conseguir esse tipo de doação e a urgência que a instituição tem. “Só esse semestre nós recebemos quase 4 mil alunos para o estudo prático. Além do aprendizado na disciplina, essa experiência ajuda os estudantes a trabalharem o respeito à vida e seu lado humanístico, mostrando que é uma prática exitosa para o mundo no trabalho”, diz.
Como é feita a doação
Após tomar a decisão, a pessoa interessada em fazer a doação deve procurar o cartório de sua cidade para fazer uma declaração denominada Termo de intenção ou Escritura Pública, para formalizará a intenção. Essa declaração pode ser feita por qualquer pessoa após os 18 anos de idade.
Familiares também podem doar seus entes falecidos e, nesse caso, não há muitas contraindicações para a doação, mas, recomenda-se que a morte do doador tenha sido de causa natural. Caso a morte tenha sido causada por acidentes graves, doenças ou outras situações extremas, o corpo deve ser encaminhado para o IML para a avaliação. Além dos corpos, órgãos também podem ser doados para estudo.