[ VÍDEO ] Eduardo Bolsonaro se licencia da Câmara e decide permanecer nos EUA

País –  Na mira do Superior Tribunal Federal (STF), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu permanecer nos Estados Unidos e tirar uma licença temporária da Câmara dos Deputados, conforme anunciou na manhã desta terça-feira (18) em suas redes sociais.

Em vídeo, Eduardo afirmou que ficará em território estadunidense para “focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e a sua gestapo da Polícia Federal”. O deputado confessa ainda que teme ser preso por ordem do ministro do STF.

“Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e aos seus truques sujos. Da mesma forma que assumi o mandato parlamentar para representar minha nação, eu abdico temporariamente dele, para seguir representando esses irmãos de pátria que me incumbiram dessa nobre missão. Irei me licenciar, sem remuneração para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, declarou Eduardo, no fim desta manhã.

Passaporte de Eduardo Bolsonaro na mira do STF

No fim do mês passado, deputados do PT entraram com o pedido no STF afirmando que Eduardo estaria cometendo crime contra a soberania nacional, ao criticar o Judiciário no exterior.

O deputado está nos Estados Unidos desde o dia 27 de fevereiro, mesmo dia que foi solicitada a apreensão de seu passaporte.

Após essa solicitação, a Comissão de Relações Exteriores tinha sido escolhida pelo PL como um contraponto à essa ação no Supremo. Durante anúncio da licença, o líder do PL afirmou que vai rever essa estratégia.

“Nunca imaginei que eu faria uma mala de 7 dias para não mais voltar para casa. Meu trabalho é muito mais importante aqui nos Estados Unidos do que no Brasil”, concluiu.

Eduardo ainda afirmou que o deputado federal Luciano Lorenzini Zucco (PL-RS), atual líder da oposição na Câmara, o substituirá no comando da comissão.

O pedido de cassação ainda será analisado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que o enviou para o parecer da Procuradoria-Geral da República.