Você tem se alimentado ou comido suas emoções?

Como identificar gatilhos e transformar a alimentação em um verdadeiro ato de cuidado

by Agatha Amorim

Foto: Freepik

Sul Fluminense – Em meio a uma rotina tão corrida, múltiplas jornadas e cobrança estética, grande parte das mulheres modernas enfrenta desafios emocionais que impactam diretamente sua alimentação. A comida, ao invés de nutrir, passa a ser usada como anestésico para a sobrecarga. Comer por ansiedade, embora comum, pode gerar prejuízos à saúde física e mental, por isso exige atenção.

A mulher contemporânea acumula papéis: profissional, mãe, esposa, estudante e cuidadora. Essa sobrecarga emocional, somada à pressão social por produtividade e padrão corporal, contribui para o uso da comida como válvula de escape. Muitas vezes, episódios de compulsão ocorrem não por fome fisiológica, mas por tristeza, ansiedade, solidão ou frustração, tornando a alimentação um mecanismo de enfrentamento emocional.

Esse comportamento pode levar a um ciclo de culpa, restrições alimentares, dietas malucas e novos episódios de descontrole, o que afeta a autoestima e agrava ainda mais o estado emocional da mulher. Como essa vulnerabilidade é facilmente enxergada pela indústria de vários segmentos, todos os dias inúmeros produtos milagrosos são lançados com a promessa de conforto e resolução imediata, mas isso não acontece.

Para romper esse ciclo, é fundamental um olhar de carinho para si mesma. O primeiro passo é analisar os sentimentos antes de buscar refúgio na comida, reconhecendo gatilhos emocionais. E se perguntar: “Estou me alimentando ou comendo minhas emoções?”

A comida é, sim, afetiva, pode ser uma demonstração de carinho ou até mesmo um símbolo de comemoração. Afinal, aniversário tem que ter bolo, não é mesmo? Mas alimentar-se, no dia a dia, deve ser um ato de cuidado, não de compensação emocional.

Para te ajudar, listei alguns dos meus próprios hábitos de bem estar :

• Acordo um pouco mais cedo, para iniciar o dia com calma.
• Bebo 2 copos de água em temperatura ambiente antes de tomar o café da manhã.
• Planejo minhas refeições da semana.
• Planejo minha semana, evitando sobrecarga.
• Minha dieta é individualizada e baseada no meu objetivo.
• Não abro mão do exercício físico.
• Frutas e legumes não são para emagrecer, eles fornecem nutrientes que regulam o humor e hormônios, por isso consumo diariamente.
• Tenho hobbies, um tempo para mim é essencial.
• Leio livros físicos, isso me ajuda a desacelerar.
• Sono: prezo muito dormir bem.

Ah, e o acompanhamento com psicólogos e nutricionistas pode oferecer suporte acolhedor, fortalecendo o autoconhecimento e o autocuidado.

Beatriz Brandão é administradora e estudante de Nutrição. Após perder 60kg, encontrou na nutrição seu propósito: ajudar outras pessoas a transformarem suas realidades, assim como fez com a sua. Acredita que a mudança vai além das dietas, começa na mente. Une teoria e prática por ter vivido esse processo. Já sua versão empreendedora, carrega atitude, criatividade e autenticidade.

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