Volta Redonda – A Prefeitura de Volta Redonda promoveu uma oficina de capacitação para a formação de Famílias Acolhedoras, que vão receber voluntariamente crianças e adolescentes de zero a 18 anos incompletos, em situação de risco social, nas residências, por um período temporário.
Durante o tempo de acolhimento, as famílias recebem do governo federal um salário mínimo do Fundo Municipal de Assistência, que deve ser usado exclusivamente nas despesas dos acolhidos.
A oficina está sendo promovida pela Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), que vai oferecer cinco oficinas de capacitação para os casais.
O prefeito Samuca Silva justifica a proteção oferecida pelo Poder Público na assistência social.
– Embora a retirada de uma criança ou adolescente de perto de seus pais se torne necessária em determinadas vezes, até mesmo para a proteção da vida deles, este é um processo traumático de quebra de vínculos. Fazer isso oferecendo um lar, uma família estruturada e que vai contribuir para acolhê-las, é a maneira mais humanizada e respeitosa que proporcionamos para garantir o bem-estar das crianças com a estrutura necessária. A Prefeitura dá total apoio e, com certeza, este programa tem um significado muito grande para o futuro dessas crianças – explicou Samuca.
O secretário municipal de Ação Comunitária, Aílton Carvalho, disse que o Serviço de Família Acolhedora contempla a política de Assistência Social prevista no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
– A gente entende a importância desse programa porque os assistidos não ficam em abrigos, mas com as famílias, com quem são tratados com afeição, carinho, respeito, educação e cuidados, sendo acompanhados, inclusive, por uma equipe especializada – completou Aílton Carvalho.
A coordenadora do Serviço de Acolhimento da Família Acolhedora da Smac, psicóloga Ana Cláudia Domingues, acrescentou que a principal característica deste serviço como medida protetora é o atendimento humanizado e individualizado para a criança e o adolescente.
– O subsidio financeiro pago pelo governo federal não é salário e não pode ser usado nas despesas próprias das casas – esclareceu a psicóloga.
Um dos casais participantes da capacitação foi Edson Rodrigues, frentista, de 48 anos, e sua esposa, Leila Cristina de Oliveira, que moram no bairro Jardim Belvedere.
– Já temos nossos filhos criados e netos, mas a minha esposa queria adotar uma criança e compreendemos que podemos ser muito mais útil participando do Serviço Família Acolhedora. Estamos aproveitando esta oportunidade para ajudar mais de uma criança – relatou Edson.
As famílias voluntárias que se inscrevem e são selecionadas, passarão por cinco oficinas, com carga horária de 15 horas, até o dia 18 de novembro.