Delegado descarta vazamento de informação na ação da DH em Angra

Por Diário do Vale

Delegado descarta possibilidade de ação da DH ter sido prejudicada por vazamento de informações. (crédito PC)

Angra dos Reis – O delegado titular da 166ª DP (Angra dos Reis), Bruno Gilaberte disse nesta sexta-feira, (14), ao DIÁRIO DO VALE, que achava improvável que vazamento de informação tenha atrapalhado a ação dos agentes da Delegacia Homicídios (DH) no Frade. Os policiais cariocas foram encurralados por bandidos no dia anterior, quando foram ao bairro cumprir mandados de busca e apreensão relacionados aos assassinatos da vereadora Marielle Franco, e o motorista dela, Anderson Gomes, que completam nove meses.

– O que teve ali foi que os agentes da DH da Capital não conheciam o terreno e nem o poder de fogo da quadrilha instalada no Frade, em Angra dos Reis e,  por conta disso ficaram encurralados. Certamente, não houve qualquer tipo vazamento.  Se os agentes cariocas conseguiram ou não cumprir os mandados é melhor DH responder porque o inquérito não é meu. A 166ª DP se limitou apenas ir ao local para resgatar os policiais que ficaram encurralados – disse Gilaberte.

A DH informou apenas que foram presas oito pessoas durante a ação dessa quinta-feira, 13, em diversas localidades. A operação para o cumprimento dos mandados que foi deflagrada ontem está sendo coordenada pelo delegado da DH da capital,  Giniton Lages. Ele disse que a investida deriva de inquéritos policiais paralelos às investigações do caso Marielle e Anderson. Desde que começaram as investigações, que apuram a autoria desses crimes, a Delegacia de Homicídios vem realizando várias operações policiais para a checagem de informações anônimas.

Uma das localidades investigadas pelos agentes da Delegacia de Homicídios da capital (DH) é  Angra dos Reis, assim como outras cidades do Estado do Rio. O mesmo se repete em Juiz de Fora, em Minas Gerais.  No bairro do Frade, os policiais tentaram cumprir mandados de busca e apreensão relacionados ao caso.

Ao mesmo tempo o Frade é investigado como ponto de fuga de milicianos do Rio que estariam migrando para Angra dos Reis, e para outras cidades. A polícia admite que alguns podem estar envolvidos no assassinato da vereadora carioca e do motorista.

Esses milicianos que estariam refugiados em Angra dos Reis, fariam parte  de uma quadrilha que é alvo de investigação não só da Polícia Civil, como também do Ministério Público que também decretou na quinta-feira (13), a Operação Héstia, para prender oito milicianos e cumprir mandados de busca e apreensão em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O nome da operação faz alusão à deusa grega Héstia, protetora do lar, da harmonia e da cidade, em razão da atuação ilegal da milícia em condomínios do programa ‘Minha Casa Minha Vida’, localizados nos bairros Ipiranga e Aliança, em Nova Iguaçu.

Os bandidos são citados como envolvimento em crimes de agiotagem, furto de energia, receptação, extorsão de dinheiro de comerciantes e homicídios, o grupo atuava no fornecimento de sinal de TV a cabo clandestino, comércio de cigarros contrabandeados e na compra e venda ilegal de unidades dos condomínios.

Os imóveis eram ‘vendidos’ clandestinamente a terceiros, sem o conhecimento de seus reais proprietários, que ao tomarem conhecimento da transação eram expulsos de seus apartamentos pelo grupo, ou encaminhados à Prefeitura de Nova Iguaçu, ao Setor de Habitação, onde eram realocados em outras unidades dentro dos próprios condomínios.

O esquema contava com a participação de suposto funcionário da Light, que efetivava o cadastro dos novos moradores junto à concessionária, como se fossem os reais proprietários das unidades, com o intuito de ‘validar’ a invasão, conferindo aparente legalidade à situação.

Um dos líderes da milícia, Leandro Menezes Barboza, conhecido por ‘Batata do Aliança’ dava as ordens na comunidade, tendo sido apontado como autor de homicídios praticados como forma de demonstração de força e poder. Leandro consta no Portal dos Procurados e já foi alvo da Operação Cabuçu deflagrada pelo GAECO/MPRJ em conjunto com a DRACO-IE no final de 2016.

Ação parecida já tinha ocorrido em Angra

Uma ação semelhante ocorreu em Angra dos Reis, em junho de 2017, quando duas oficiais de Justiça ficaram sob o poder de traficantes na comunidade do Areal.

Elas foram ao local para cumprir mandados judiciais e acabaram surpreendidas pelos criminosos. Três homens armados com pistolas  gritavam para que elas deixassem o bairro.

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