Grupo de professores faz ato na Prefeitura de Barra Mansa

by Agatha Amorim

Barra Mansa – Um grupo de professores promoveu uma manifestação na porta da Prefeitura de Barra Mansa na manhã desta quinta-feira, dia 30. Eles protestam por causa do aumento salarial e alegam não terem tido reajuste. Segundo a prefeitura, três guardas municipais teriam sido agredidos na ocasião. Uma manifestante foi levada pelos guardas para a delegacia.

As supostas agressões

O secretário de Ordem Pública, Capitão Daniel Abreu explicou que foi informado ao grupo de manifestantes, com cerca de 30 pessoas, que no interior do prédio da prefeitura não iria ser autorizado nenhum tipo de ato que atrapalhasse ou interrompesse os atendimentos prestados à população.

“Porém, algumas pessoas entraram como se fossem acessar algum serviço, mas no decorrer aproveitaram para pegar cartazes e objetos por cima do alambrado, entre a parte interna e externa do pátio, para iniciar a manifestação dentro das dependências da prefeitura, o que já teria sido orientado que não seria possível para não prejudicar o funcionamento e atendimento ao público”, explicou o secretário.

– Claro que eles podem fazer a manifestação, que é um ato legítimo e direito deles, mas infelizmente uma manifestante não respeitou o interior das dependências do governo municipal e ainda agrediu o guarda que pegou um cartaz que estava sendo passado pelo alambrado. Ela recebeu voz de prisão e foi encaminhada à 90ª DP para as medidas cabíveis – acrescentou Abreu, destacando que câmeras de segurança da prefeitura registraram a ação.

A prefeitura informou que, ainda durante o ato, um segundo guarda, que fechava o portão enquanto outros manifestantes queriam abri-lo, recebeu um tapa na nuca. E um terceiro, que conduzia a mulher para a viatura que a transportou até a delegacia, teve a farda rasgada por ela.

Reajuste

O prefeito Rodrigo Drable destaca que manifestação pacífica é um direito de todos, mas agressividade e violência são uma vergonha. “Uma professora bateu no rosto de um guarda e rasgou a farda de outro. Até onde vai o direito de manifestar? A verdade é que o sindicato queria que concedêssemos um abono com recursos do Fundeb. Os municípios que não gastaram os valores do Fundo de manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica ao longo do ano poderiam fazer esse abono. Mas nós pagamos. Sem atrasar e, na maioria dos casos, dobrando a remuneração do professor. Não vamos deixar de construir creches, reformar escolas e investir em laboratórios para dar um abono que já foi pago ao longo do ano”, ressalta o prefeito.

Drable também afirmou que não concorda com a reclação dos manifestantes, de que não foi dada a correção do piso salarial: “O aumento de 33% no piso é muito inferior ao que já demos. Alguns professores ganham o dobro do que recebiam. E não há condição de dar um aumento sobre o outro. Mas o ponto mais importante é: quem se propõe a educar, não pode usar de violência contra outro colega, funcionário público. Pela agressão, a agressora foi conduzida à delegacia e as autoridades policiais adotarão as ações correspondentes”, concluiu o prefeito.

Ainda segundo o prefeito, os professores tiveram aumento: “Vamos considerar o aumento de remuneração que alguns membros do SEPE tiveram, e vou divulgar aqui apenas dados que já são públicos e estão no Portal da Transparência. Vamos comparar o salário de junho de 2016 com junho de 2022 e vamos ver o quanto aumentou.”

 

 

 

You may also like

7 comments

Giliard 1 de julho de 2022, 08:04h - 08:04

É um absurdo uma covardia o auxiliar de creche trabalhar 8horas por dia um mês e meio e só receber 1200Reais cadê o abono prometido?

Antonio Carlos Peludo 30 de junho de 2022, 15:14h - 15:14

Feliz aquele que transfere e que ensina.
Mais respeito com os mestres sejam quais forem .

Triste Realidade 30 de junho de 2022, 14:54h - 14:54

Qual será o futuro de nossas crianças com o nível desses professores?

José Davi Abreu Carli Moura 5 de julho de 2022, 12:54h - 12:54

Nível de receber 900 reais igual esses professores análise o q tá havendo antes de falar

Maxwell 30 de junho de 2022, 14:41h - 14:41

Bando de baderneiros! Trabalhar não querem. Deveriam estar nas salas de aula fazendo seu papel. Em vez disso, vão pra porta da Prefeitura gritar e fazer desordem e desacato! Lamentável! Esperamos tanto desses profissionais e são os primeiros a demonstrar descontrole!

João Lucas 30 de junho de 2022, 14:31h - 14:31

Estamos sem o repasse da inflação a três anos, e neste ano em que o governo federal determinou o aumento do piso nacional da educação o prefeito não nos paga o REAJUSTE isto não é aumento salarial. Todos nós pagamos os valores mais altos no supermercado, estamos cada dia mais sem poder de compra e como o repasse já era pra ter sido feito estamos amargando um salário achatado cada dia mais.

José Davi Abreu Carli Moura 5 de julho de 2022, 07:10h - 07:10

Maxiwell você acha justo os professores da rede pública de Barra Mansa estarem contratados com menos de um salário mínimo por 9 horas de trabalho no ensino primário com uns alunos baderneiros,e terem a folha de pagamento em 980 reais,sendo q o aumento saiu ano passado e o prefeito não repassou….vc consegue viver com 980 reais e dar aula p 2 turma manhã e tarde,entre 30 e 40 alunos por turma….

Comments are closed.

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996