Brasil 2018: quem decide é o voto

Por Paulo Moreira

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Daqui a um ano, em novembro de 2018, o eleitorado brasileiro terá o Executivo e o Legislativo que quiser. Isso porque a composição desses poderes é decidida pela soma das vontades de cada um de nós. Se as assembleias legislativas, os governos estaduais, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e a Presidência da República estiverem nas mãos de pessoas honestas e comprometidas com um projeto de crescimento e melhoria das condições de vida de todos, o mérito será da população que votou.

Se houver um bando de pilantras no poder, mais preocupado em encontrar formas de se perpetuar nos cargos e de recuperar os investimentos – próprios ou alheios – feitos durante a campanha eleitoral, a culpa será da população que votou.

Deixando bem claro: nenhum dos atuais detentores de cargo eletivo – do vereador ao presidente – chegou lá por direito de nascença, intervenção de alguma divindade ou pela força das armas. Todos foram eleitos, incluindo o presidente Michel Temer, que foi votado pela população para substituir a ex-presidente Dilma Rousseff em caso de impedimento temporário ou permanente. Foi o que houve.

O bom da democracia é que sobe ao poder quem o povo escolhe.  Se o povo escolhe mal, quem sofre as consequências é ele mesmo.

O que é escolher bem ou escolher mal? Isso depende da visão de cada um sobre o que é melhor para o país. Vão vencer os candidatos que apresentarem as propostas aceitas pela maioria.

Honestidade é obrigação

Se você, eleitor, fosse responsável pela contratação de pessoal de uma empresa e tivesse de escolher alguém para dirigir um caminhão de entregas, com o que você se preocuparia? Claro, ia querer saber se o candidato tem carteira de habilitação. Sem isso, não dá nem pra começar a conversar.

A honestidade deveria ser um pré-requisito assim para candidatos a cargos eletivos – aliás, para qualquer coisa nessa vida. O problema é que não existe “carteira de honesto”. Mas, se o eleitor tomar o cuidado de verificar os antecedentes de quem lhe pede o voto, ele terá uma possibilidade menor de votar num pilantra.

Como é que a gente vota?

O problema é que a grande maioria da população vê o voto como uma obrigação, mais do que como um direito. O eleitor médio vai às urnas sem se preparar, sem saber quem é quem. Acaba votando no sujeito que aparece num santinho que um cabo eleitoral fazendo boca de urna (ilegal, por sinal) entregou pra ele.

Muito provavelmente, você, leitor, é uma exceção. O colunista diz isso sem medo de errar porque quem se dá o trab alho de ler um texto como esse já mostra um nível de consciência política acima da média.

Infelizmente, porém, “as eleições não são decididas por quem lê jornais, mas por quem limpa a bunda com eles”, conforme o dito popular.

Repare nas redes sociais: o debate político se inflama em vários grupos, mas basta procurar uma página que fale de futebol, sexo ou cerveja para notar que quem discute política é uma parcela pequena dos internautas.

Neste momento, não interessa ao colunista se o leitor é de direita ou de esquerda, se quer a privatização ampla geral e irrestrita ou a estatização total. Se você está pensando sobre quem merece seu voto, já está de parabéns. Que vença quem convencer a maioria.

E, principalmente, que quem vota sem pensar acerte sem querer. Porque, até que o voto seja facultativo neste país, os analfabetos políticos vão continuar decidindo eleição.

Nas suas mãos: Cabe a você decidir quem vai mandar no Brasil de 2019 a 2022 (Foto: ABr)

Nas suas mãos: Cabe a você decidir quem vai mandar no Brasil de 2019 a 2022 (Foto: ABr)

 

 

PAULO MOREIRA | [email protected]

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25 Comentários

guto 18 de novembro de 2017, 16:10h - 16:10

Hoje, o Estado do Rio de Janeiro poderia ser um estado rico, contudo a população vota mal, como vimos no caso do Cabral, que mesmo tendo sido expulso do PSDB, por ter cometido corrupção, entrou no PMDB e armou o maior esquema de corrupção que o Estado do Rio já teve! O Rio chegou ao fundo do poço, pois quando o Estado do Rio navegava num mar espetacular, voava no céu de brigadeiro, antes da deblaque, quando o petróleo estava em alta, era o apogeu do Eike Batista, e toda a orquestração criminosa já estava em curso e os piccianes, albertassis, paulo melos, cabrais, etc. roubavam à vontade, contudo eram protegidos pelo manto da segurança pública, da UPP, do senhor Beltrame, que mesmo não sendo corrupto, ajudou a criar a cortina de fumaça sob a qual esses políticos roubaram demais!!!
A fonte secou em algum momento, o Petróleo escasseou, o Eike Batista caiu, o Sérgio Cabral foi preso, e aí nós estamos nesta situação em que nada funciona, e assim fica exposto a barbárie que esses criminosos fizeram… E esses criminosos não tem mais escudo, só a proteção feita pela Alerj…. É hora da sociedade se posicionar, mas sem violência, sem depredação de órgãos públicos, mas firmemente, logo, objetivamente, a primeira coisa é NÃO VOTAR NESSES SENHORES, é investir na renovação!!!
Espero que pelo menos as cinco centenas de pessoas que lêem essa coluna não votem nessas pessoas, pois a população vai continuar votando neles!!!

LOCUTOR 16 de novembro de 2017, 00:03h - 00:03

Bando de idiotas,90% desses bandidos que estão no poder vão ser reeleito.brasileiro é tudo frouxo só sabem se esconderem nas redes sociais vamo pra rua.

Enéias patriota 15 de novembro de 2017, 21:30h - 21:30

Papo furado, o povo é sem vergonha, estado de sítio por vinte anos, sem eleições por trinta anos, extinção das siglas demoníacas, aprovação da pena de morte, em trinta anos nos tornaremos uma Inglaterra, uma Alemanha, mas com um potencial energético muito a frente dessas nações, papo de votar certo é a maior mentira contada aos brasileiros, vide esse PMDB no Rio de Janeiro.

Bicho Geográfico 14 de novembro de 2017, 13:09h - 13:09

Bem, eu também moro no Canadá, mas em Saskatchewan, na cidade de Regina. Faz muito frio aqui, não há violência e as pessoas são cordiais, porém introspectivas.

geninha 14 de novembro de 2017, 15:57h - 15:57

Bem, moro na baixada fluminense, na cidade de Maria Estala o Coco, faz muito calor aqui, a bala como solta e as pessoas são doidaças, porém se deixar minha langerie (calcinha), no varal, levam tudo.

Alfredo Magalhães 13 de novembro de 2017, 14:02h - 14:02

Nesse modelo de votação no País, o peso de cada voto tem de ser por grau de escolaridade, quanto menor o grau de escolaridade menor o valor, isso estimularia a graduação dos estudos por todas as classes sociais, na indicação do comando presidencial do país.
Democráticamente todos tem de ter ascesso aos estudos de qualidade sem custo em todos os níveis escolares, prevalecendo o interesse de cada um, independente da condição social de cada um.

Sandra1 13 de novembro de 2017, 19:26h - 19:26

Nunca tinha lido nada tão idiota em toda minha vida. Alfredo Magalhães o homem que estudou muito mas não aprendeu nada.

Centro Cultural Alexandre Frota 13 de novembro de 2017, 20:51h - 20:51

Concordo. Viva o voto censitário.
Só deveria votar quem tem no mínimo um Mestrado (porque graduação, e até uma pós, qualquer mané consegue ali numa faculdade de esquina).
E quem escrevesse “ascesso” em debate de jornal deveria ter peso ZERO.

Joel 13 de novembro de 2017, 20:58h - 20:58

Falou Alfredinho do “ascesso”, o Jênio da lâmpada.

Geninha 13 de novembro de 2017, 23:09h - 23:09

Poxa vc c esse lindo discurso q, além de erudito, prima pela gramática perfeita, Acredito q sua formação e doutorado em língua portuguesa foi feito em Yale (USA) ou Sorbone (Franca).

XIMBICA 15 de novembro de 2017, 09:24h - 09:24

DemocrÁticamente, que acento agudo é este Alfredinho? Assim seu voto valerá -1. Na verdade este seu comentário me deixou sem palavras, então usarei as palavras da Sandra 1 para expor o que acho.

NUNCA TINHA LIDO NADA TÃO IDIOTA EM MINHA VIDA. ALFREDO MAGALHÃES O HOMEM QUE ESTUDOU MUITO MAS NÃO APRENDEU NADA. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Mel de coruja 13 de novembro de 2017, 08:02h - 08:02

Minha filha fez intercâmbio em Winnipeg e agora em Toronto. Ela diz que tem tanto brasileiro no Canadá que parece uma Miami com neve… rs.

geninha 13 de novembro de 2017, 12:47h - 12:47

Meu filho fez intercâmbio na RDC (República Democrática do Congo), e agora na Somália, para se especializar em sobrevivência com a nova CLT e miséria institucional.

Meu de Coruja 13 de novembro de 2017, 18:34h - 18:34

Geninha, tem assalariado aplaudindo essa “reforma” do golpista, tipo barata pedindo inseticida…

Sandra1 13 de novembro de 2017, 19:32h - 19:32

geninha, geninha você deveria ser paga para para fazer comentários, super inteligente, poderia até escrever textos para o Zorra. Some não em, só suas piadas para quebrar um pouco o gelo.

Enéias patriota 15 de novembro de 2017, 21:32h - 21:32

Geninha kkkk

Walmir de Freitas 12 de novembro de 2017, 21:54h - 21:54

Infelizmente a maioria vota por interesse. Para ganhar, telhas, tijolos, cimento, etc. Outros votam por promessa de BOCA para si, ou para seus filhos. Analfabeto também vota.No máximo dez por cento vota pensando no melhor para o País. Sou contra também ao voto obrigatório, coisa de republiqueta de bananas. Moro no Canadá, mais precisamente em QUEBEC, pois tenho formação em Engenharia de Computação, e moro aqui exatamente a 9 anos, sendo filho de Volta Redonda. Conheço centenas de brasileiros que moram aqui, e trabalham em diversas profissões, e nós ganhamos muito bem. NINGUÉM pensa em votar para o Brasil, apesar do frio aqui. Só para vcs sentirem a diferença ” Vereador aqui tem 8 numa cidade 3 vezes maior que VR, e recebem 100 dólares por reunião que comparecerem, sendo apenas duas por semana, e fim de papo. Os empregados da Câmara são concursados, e ninguém troca nenhum deles de seu posto de trabalho nos gabinetes,Pagamos 30% de imposto descontado nos vencimentos, mas temos estudo por conta do governo (do primário a Universidade) Não tem hospital e/ou Médico particular é tudo público. Leio diariamente o DV, e aprecio muito sua crônica. Abraços a todos.

ximbica 12 de novembro de 2017, 23:29h - 23:29

Parabéns, se foi aí no frio do Canadá que vc conseguiu se firmar continue por aí.

Marrom 13 de novembro de 2017, 18:32h - 18:32

Até esqueceu o português: “moro exatamente HÁ 9 anos”

Walmir de Freitas 17 de novembro de 2017, 19:05h - 19:05

Obrigado pela correção MARRON. Como você deve ter conhecimento, é raro Engenheiro dominar o português, não é o nosso forte. Abraços para você.

VAI VENDO 24 de novembro de 2017, 22:33h - 22:33

Walmir

Não se pode comparar o Canadá com o Brasil em nada; talvez só em dimensões.

A grande diferença entre os dois países é que no Canadá tem um CHEFE DE GOVERNO eleito pelo povo e uma CHEFE DE ESTADO que é a Rainha Elizabet II. Enquanto no Brasil o CHEFE DE ESTADO e o CHEFE DE GOVERNO é um bandido confesso, que diga-se de passagem foi colocado no posto pelos petistas e confirmado em 2014 pelos ELEITORES DE BANDIDOS do PMDB, incluindo os evangélicos.

Outra grande diferença é que o Canadá fatura muito mais com menos de 10% de nióbio do mundo do que o Brasil com mais de 90% do mesmo minério. Somente os dois países têm esse minério no mundo.

VAI VENDO 24 de novembro de 2017, 22:56h - 22:56

No Canadá é uma MONARQUIA enqunto no Brasil é uma REPÚBLICA. E para mudar isso só precisa de 01 voto, o seu. Ninguém mais pode.

الفتح - الوغد 12 de novembro de 2017, 10:50h - 10:50

Outra coisa. As pessoas mudam. O honesto de sempre pode de uma hora para outra sucumbir às tentações do poder e do dinheiro, seja no meio político ou não… Voto é uma ou duas vezes a cada quatro anos. A verdadeira força do povo se mede pela sua capacidade de mobilização, de cobrança, e isso pode ser feito a qualquer tempo. Os movimentos Diretas Já e dos Caras Pintadas ilustram bem isso… Quem não foi eleito por mim governa também para mim e será cobrado como se por mim tivesse sido eleito…

الفتح - الوغد 12 de novembro de 2017, 10:41h - 10:41

Quem decide é o voto: dos parlamentares… Até mesmo os votos das urnas podem ser impugnados tacitamente pelos juristas do STF, vide os vários episódios de cassação de prefeito pós-eleição. Estou surpreso de ainda não ter lido qualquer notícia nova sobre isso desde as eleições do ano passado!…

Nego do cabelo duro 12 de novembro de 2017, 10:11h - 10:11

O pais tem viés golpista, ser eleito é uma coisa, governar é outra.

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