Celebrações nas escolas se adequam aos novos conceitos de família

by Diário do Vale

Expande: Festas em algumas escolas já são organizadas de maneira mais abrangente
Foto: Reprodução

Volta Redonda- No dia 26 de junho foi comemorado o Dia dos Avós, o Dia das Mães já passou e no dia 11 de agosto vem o Dia dos Pais. Datas que levam alegria para muita gente, de saudades para alguns e até de constrangimento para outros. Por isso, tem sido discutido qual melhor formato para adotar celebrações em locais como as escolas.
Em Volta Redonda, por exemplo, a Secretaria Municipal de Educação optou pelo formato de “festa da família” para atender os diferentes arranjos familiares existentes na sociedade atual. A Secretaria acredita que esta é uma mudança importante, uma vez que contempla todos os contextos familiares e deixa de lado qualquer aspecto excludente. A celebração, em geral, se dá em torno de quem cuida efetivamente da criação dos alunos.
– As instituições que só celebraram o Dia das Mães e dos Pais nas datas convencionais, deixam as crianças que não têm ou não moram com a mãe ou pai numa situação constrangedora. Devemos enaltecer a importância da família sem causar constrangimentos – comentou Rita Andrade, Secretária de Educação.
A mudança na forma de comemoração não causa incômodo às famílias entrevistadas pelo DIÁRIO DO VALE. Paula Cristina, de 39 anos, mãe de cinco filhos, três biológicos e duas “de coração”, afirma que compreende a mudança das escolas. Ela ressalta que seu filho mais novo, de apenas 5 meses, perdeu o pai por questões de saúde. Paula entende que outras pessoas podem ter alguma carência por não terem os pais presentes, mas que a comemoração ou não da data não representa problema ou traz angústia.
– Não me incomoda a comemoração e acho bacana a festa da família. Comemorar os dias não me chateia e até gosto de comemorar. Tenho no meu coração que dia das mães e dos pais é todo dia, por isso não me incomoda comemorar ou não as datas – explica ela.
Ela define família como um “ambiente para buscar apoio e força”. Para Paula, o apoio e o carinho da família independem de sua estrutura, sendo importantes em todos os momentos da vida.
– O primeiro lugar que vou quando quero comemorar uma conquista é nos braços da minha família. Quando penso em família, penso em um conjunto de pessoas diferentes, cada um de um jeito, mas que estão juntas no propósito de se ajudar, se compreender, se aceitar. O que me motiva a ser cada dia melhor, principalmente pelos meus filhos – conta ela.
Embora nem todas as famílias compartilhem dos mesmos valores, a estudante Maria Fernanda Renna, de 18 anos, concorda com Paula. Ela diz que família e apoio devem andar juntos. Ela foi criada pelos avós e acredita que a mudança nas escolas é muito importante e traz grande impacto na vida dos alunos.
– Acho maravilhoso. Como alguém que não teve uma família tradicional, eu sei da importância que atos do tipo têm na autoafirmação das crianças – declarou a estudante.

Além da sala de aula

As mudanças para adequar todos os tipos de família não foram feitos apenas nas escolas, mas também no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e até nos “emojis”, as carinhas que ilustram humor, encontrados no teclado do celular, usados nas redes sociais.
Na internet, os emojis buscam representar todas as pessoas e tipos de união. Por essa razão, é possível encontrar pais e mães solteiras, casais heteroafetivos com crianças e casais homoafetivos com crianças.

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4 comments

Marvin 5 de agosto de 2018, 15:34h - 15:34

Pequenas ações em prol de um mundo melhor.
Ótima matéria, bem informativa, direta e clara.

Fátima 5 de agosto de 2018, 15:33h - 15:33

Evolução! Mais um passo para o respeito. Parabéns aos entrevistados e a(o) entrevistador(a)!

Dia da família e só 5 de agosto de 2018, 15:23h - 15:23

Concordo, pois as vezes a criança não tem contato com o pai, é falecido ou até mesmo estará trabalhando no dia…
Dia dos avós na escola já acho estranho, pois tem avós que participam efetivamente da criação,as outros que não, aí a criança tem que ensaiar para algo em que seus avós não irão.
Sem falar que fazendo um dia família é menos tempo perdido com ensaios e mais tem gasto com estudos.
Os professores se desdobram para conseguir dar a matéria se ficar perdendo aula com ensaios, aí é que não conseguem …
É dia do pai, da mãe, dos avós, das crianças, dos professores é muito dia…
Haja bolso…

Max 5 de agosto de 2018, 14:55h - 14:55

Hoje tudo “pode traumatizar”; venho de uma época em que se comemorava dia das Mães e dia dos Pais sem nenhum problema; mesmo que tivesse alguém que não os possuia e apesar da tristeza para alguns; a vida seguia sem problema . Hoje com essa desculpa; abre-se brecha para colocar nas cabeças das crianças que tudo é normal e as coisas mudaram. Eu sou sim pela família tradicional como a correta; pode discordar o quanto queiram; prefiro optar pelo correto do que pelos modismos.

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