Agressor chora ao ser preso por violência contra a mulher, em Barra do Piraí

Ele agrediu a companheira, a ameaçou de morte, e pode pegar até cinco anos de prisão

by Mayra Gomes

Barra do Piraí – O delegado titular da 88ª Delegacia de Polícia, Antônio Furtado, anunciou nesta terça-feira (16) a prisão de um homem de 46 anos, professor de Jiu-jitsu, ocorrida na segunda-feira (15). De acordo com o delegado, o homem cometeu crimes previstos na Lei Maria da Penha contra sua companheira, de 43 anos.
Na noite de domingo (14), o casal teria se desentendido. Durante a discussão, a mulher teria descido do carro e o homem teria jogado o veículo contra a mulher, machucando suas pernas. “Ele joga de forma deliberada, proposital, o veículo em cima da mulher, machucando as pernas dela e um dos pés. Ela consegue sair dali, vai embora e se esconde na casa de uma amiga. Ele passa a noite procurando nos endereços que tinha, sem encontrar”, contou o delegado.

Na manhã de segunda-feira (15), quando a vítima acorda, sua amiga está assustada. “Ela hesita um pouco, mas depois mostra duas mensagens de áudio que o professor de jiu-jitsu tinha mandado para ela, a amiga”, diz Furtado. Nos áudios, segundo o policial, o agressor diz que ataria fogo às roupas da vítima e que a queimaria viva. Diz, também, que sabia que seria preso em Barra do Piraí, mas que sairia da prisão e, quando isso acontecesse, faria um buraco na cabeça da companheira e a racharia no meio.

“Esta amiga foi fundamental para incentivar, encorajar esta companheira, vítima de grave violência psicológica e perseguição, a comparecer no início da manhã, na 88ª DP. Diante desse relato doloroso, eu determinei que os policiais fossem até ao bairro Metalúrgica, e por volta de 11h30, o professor de Jiu-Jitsu estava na delegacia”, disse Antônio Furtado, acrescentando que o homem responderá pelos crimes de perseguição e violência psicológica, podendo ser condenado a cinco anos de prisão.

“Chama a atenção que um homem que era tão bravio, tão selvagem, pelo zap, pelo áudio, quando chegou à delegacia e ouviu o som da batida na porta de ferro da cela, os policiais o ouviram chorando copiosamente. É por isso que existe a Polícia”, comentou Furtado, destacando que a Polícia existe para retirar esses agressores das ruas, evitar feminicídios e para que eles se descubram como realmente são. “Covardes! E que essas lágrimas possam leva-lo a refletir”, completou. “Os dois áudios já são provas que estão no auto de prisão em flagrante, e eu acredito que nenhum juiz em sã consciência vai determinar a liberdade provisória desse indivíduo”, finalizou.

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