Primeiro filme brasileiro gravado com celular chega a Angra dos Reis

by Diário do Vale
Brasileiro: 'Charlote' poderá ser conferido na sala de vídeo do Centro Cultural Theóphilo Massad (Foto: Divulgação)

Brasileiro: ‘Charlote’ poderá ser conferido na sala de vídeo do Centro Cultural Theóphilo Massad (Foto: Divulgação)

Angra dos Reis – Angra pode conferir o primeiro longa-metragem brasileiro filmado inteiramente com celular. “Charlote SP”, dirigido por Frank Mora, que teve sua estreia nacional no dia 22 de setembro, será exibido em Angra, na sala de vídeo do Centro Cultural Theóphilo Massad, nesta quarta-feira, dia 5.

O filme conta a história de Charlote (Fernanda Coutinho), uma modelo internacional que, após anos em Londres, retorna a São Paulo em busca de um reencontro com o passado. Em sua jornada, Charlote encontra um velho amigo, o cineasta Marcelo (Guilherme Leal), que será o seu guia na redescoberta de uma cidade desigual e caótica.

Feito sem dinheiro público, nenhum rosto conhecido e nenhuma câmera profissional, “Charlote SP” é o primeiro filme nacional a ser gravado com um iPhone 5, o mesmo que o diretor Frank Mora utiliza no dia a dia. Não se trata, contudo, de reinventar a roda, a exemplo de “Tangerine”, do americano Sean S. Baker, que ganhou notoriedade ao ser inteiramente gravado com um smartphone.

Adaptando a máxima do “cinema verdade” e “celular na mão e uma ideia na cabeça”, o autor angariou R$ 80 mil com três investidores e comprou um estojo para o celular, com duas lentes, uma ocular e outra teleobjetiva, pela bagatela de US$ 40.

– O estojo deixa o celular mais robusto e dá estabilidade na hora de filmar. Chegamos a fazer algumas cenas com um iPhone 6 e com o modelo 4, mas basicamente eu usei o meu – conta o diretor, que com mais US$ 4 baixou o aplicativo Filmic Pro, usado também por Sean Baker no longa americano, para utilizar nas filmagens de “Charlote SP”.

Para ele, a equipe reduzida e a ausência de grandes equipamentos fez com que o filme trouxesse um olhar particular e discreto de uma metrópole grande como São Paulo. Mora ressalta que, apesar da praticidade do equipamento, as filmagens não foram fáceis.

– O áudio foi meu maior drama durante a produção. Captamos direto no celular e quando eu olhava [o material filmado] na ilha, ouvia uns chiados. A solução chegou com a equipe de pós-produção e de um profissional especializado em atenuar as interferências – relembra o diretor, que diz que a bateria, reclamação constante dos usuários de iPhone, foi das menores preocupações. “Recarregava nos intervalos das gravações”, disse ele.

Por mais que o filme não chegue com o mesmo acabamento de um longa profissional, Mora se diz orgulhoso com o resultado.

– A coisa mais legal é receber uma mensagem de alguém de longe dizendo que achou bacana e quer fazer também. Com um celular, ele pode contar uma história – afirma Mora.

 

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