Volta Redonda – Uma apuração feita pela reportagem do DIÁRIO DO VALE revelou informações inéditas sobre o jovem de 21 anos preso, na noite de terça-feira (7), por vender receitas e atestados médicos falsos. Ele, que permanece preso, seria morador do bairro Getúlio Vargas, em Barra Mansa.
Segundo a Polícia Civil, ele fazia serviços eventuais de cuidador de idosos – inclusive em Volta Redonda. O rapaz também já foi investigado em um caso de furto de automóvel e de dinheiro, confirmou ao DIÁRIO DO VALE, nesta quinta-feira (9), o delegado titular da 93ª Delegacia de Polícia, Vinícius Coutinho. De acordo com ele, há outras informações que ainda não podem ser divulgadas para não atrapalhar a investigação em curso.
Carimbo
Um dos carimbos utilizados pelo falsificador pertence a um médico de Volta Redonda. Ele já não clinica há alguns anos, e passa por um longo tratamento de saúde. A família foi avisada e está colaborando com as investigações.
Segundo testemunhas ouvidas pelo DIÁRIO DO VALE, o rapaz estaria agindo há pelo menos dois anos. Ele teria dito a pessoas de diversos bairros que era médico. O jovem também teria tido acesso a medicações que apenas profissionais de Saúde credenciados poderiam ter. “Em alguns bairros ele já não pode mais pisar. Ele trabalhou como técnico de enfermagem em alguns hospitais sem ter o curso”, disse uma delas.
Relembre o caso
O falso técnico de enfermagem foi preso pela Polícia Civil na noite da terça-feira (7), em um shopping de Volta Redonda. Ele é investigado por venda de receituários e atestados médicos falsos das prefeituras de Barra Mansa, Piraí e Resende.
Segundo o delegado Vinícius Coutinho, os policiais observaram a ação do suspeito, que estava sentando em uma mesa atendendo as pessoas e fornecendo os documentos falsificados, utilizando carimbos e falsificando a assinatura de médicos.
Abordado pelos agentes, o suspeito teria contado aos agentes que confeccionou os modelos de receituários e atestados da prefeitura de Piraí. Já os de Barra Mansa, segundo ele, teriam sido encontrados na rua.
Foram apreendidos durante a ação uma grande quantidade de atestados e receituários médicos, um jaleco branco que seria usado por profissionais do Hospital de Emergência de Resende e um caderno que servia como um manual de medicamentos e códigos médicos.
O delegado também afirmou que a investigação segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos no esquema de falsificação e quem se beneficiou do esquema, utilizando os documentos falsificados.