Volta Redonda e Barra Mansa – Uma investigação civil pública do MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) que tem como alvo o Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio, o Ceperj, mostra que saques em espécie em caixas eletrônicos foram feitos também em duas cidades da região: Volta Redonda e Barra Mansa, além de outros municípios do Estado do Rio.
De acordo com as investigações, mais de R$ 220 milhões em espécie foram sacados pelo Ceperj. Segundo o MPRJ, a prática é um indício de fraude.
Ainda de acordo com as investigações do MP, a prática indica remuneração por mão de obra temporária, já que a maioria recebeu mais de um pagamento. Só que a natureza do serviço prestado não se enquadra na lei que autoriza a contratação temporária no estado. O MP não sabe como eles foram contratados.
- Nova Iguaçu: mais de R$ 7 milhões
- Barra Mansa: R$ 5 milhões
- Duque de Caxias: quase R$ 5 milhões
- Bangu, Zona Oeste do Rio: R$ 4,5 milhões
- Volta Redonda: R$ 4 milhões
Entenda o caso
O MPRJ instaurou o procedimento depois que o “UOL” divulgou uma série de reportagens, informando que a quantidade de contratações feitas pelo Ceperj era muito grande e os nomes e as remunerações não eram informadas em qualquer meio oficial do governo.
Os pagamentos da “folha secreta”, aponta o MPRJ, ocorrem na “boca do caixa”, em saques que somam quase R$ 226,5 milhões em espécie circulando, diz a petição inicial, “por fora do sistema financeiro, cuja efetiva destinação será impossível de verificar”, afrontando, assim, as “regras de prevenção à lavagem de dinheiro”. Procurado, o Ceperj não retornou os contatos do GLOBO.
O projeto do Ceperj, a Casa do Trabalhador, investigado pelo MP recebeu R$ 80 milhões de verbas públicas somente este ano. Foram inaugurados 29 espaços públicos pelo governo estadual em diversos municípios do Rio de Janeiro.