A mais nova versão da Disney para “Mogli- o menino lôbo” está disponível em DVD. A história, baseada nos “Livros da selva” de Rudyard Kipling e já tinha virado um desenho longa-metragem em 1967. Agora o diretor Jon Favreau, mesmo do “Homem de Ferro”, recria tudo com cenários reais, um ator de verdade (Neel Sethi) e uma mistura de efeitos de computador e animais animatrônicos. O resultado é espetacular em suas cenas de ação ainda que a história não tenha nada de novo.
O filme foi exibido nos cinemas em versões dubladas. Agora, com o DVD, podemos apreciar o time fantástico de atores que foi convocado para fazer as vozes dos amigos de Mogli. Bill Murray é o urso Balu, Ben Kingsley faz a voz da pantera negra Baghera, Idris Elba é o tigre manco Shere Kahn, que vive tentando comer o Mogli, e Scarlett Johansson faz a cobra Kaa, que também é inimiga do menino das selvas.
A selva da história parece totalmente realista, ainda que tudo tenha sido filmado nos estúdios de Los Angeles. É como os filmes antigos do Tarzan, personagem que é um descendente direto do Mogli. O Tarzan de Hollywood também era filmado em Los Angeles, o que não impedia que os diretores criassem uma selva fascinante. O novo Mogli custou 175 milhões de dólares e já rendeu mais de 300 milhões.
A tecnologia usada neste filme é a mesma do “Avatar”, do James Cameron. Os atores foram filmados num estúdio, diante de telas verdes, e o computador usou as técnicas de captura de movimentos para desenhar os animais em cima deles. Dá para imaginar a Scarlett Johanssen se arrastando em cima de um tapete no estúdio enquanto o computador registra seus movimentos para criar a serpente.
Só na Índia, cenário do filme, o novo Mogli arrecadou um e meio milhão de dólares. Mas foi considerado assustador demais para crianças desacompanhadas. Claro, uma coisa é ver todos aqueles bichos em desenho animado e outra é vê-los recriados, com perfeição, pela tecnologia digital. As cenas em que Mogli é caçado pelo tigre Shere Kahan estão muito intensas. Portanto cuidado para o filme não dar pesadelos para as crianças menores.
Por: Jorge Luiz Calife – [email protected]