Comunicador da região dirige a TV Alerj

Emerick: ‘A televisão pública existe para dar transparência ao trabalho dos entes políticos’ (Foto: Alerj)

Rio –  A TV Alerj, canal oficial da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), está de cara nova e com planos ambiciosos para o ano que vem. Ela estreou o segundo semestre com um nova grade de programas, entre eles um jornal ao vivo direto do plenário, todas as terças, quartas e quintas-feiras, sempre às 14h40. Programas de debates sobre temas como direitos das mulheres e a preparação para as Olimpíadas 2016 também são novidades na nova programação, que certa forma são um ensaio para o próximo grande passo que a Alerj pretende dar: a transmissão em canal aberto (hoje, a recepção se dá apenas por canal a cabo e parabólica).

— Nossa meta é sair de canal fechado para aberto e chegar às casas dos telespectadores das 92 cidades fluminenses já em maio de 2016 — diz o diretor da TV Alerj, Jackson Emerick, que assumiu a gestão da emissora em fevereiro e tem recebido elogios pelo trabalho.

O passado de administrador de empresas ajuda: Jackson fez carreira em rádio nas regiões Serrana e Sul do Estado.

A meta, segundo ele, é fazer a primeira transmissão em sinal digital também no próximo ano. “Estamos trabalhando com muita obstinação para isso”, diz. “Das 24 Assembleias do Brasil, 17 já estão em canal aberto. A TV não é uma vaidade, mas um direito do cidadão. Com ela, o cidadão sabe o que se passa no Parlamento, no plenário, nas comissão, é uma ferramenta da democracia”, defende.

Em entrevista, Emerick destaca excelência de conteúdo

Pergunta – A transmissão em canal aberto é o seu maior desafio à frente da TV Alerj?

Resposta – Prefiro considerar uma meta a ser cumprida. Quando assumi a direção já havia um processo de mudança que tornei meu principal objetivo. Queremos uma televisão pública de qualidade técnica e de conteúdo excelente.

P – Há projetos no forno para o interior do Estado?

R – Ainda este mês terei um encontro com os presidentes de todas as Câmaras de Vereadores para prestar os esclarecimento sobre a concessão de emissoras. Queremos orientar os interessados e informá-los que é possível, sim, implantar uma TV na Câmara nas suas cidades. O Senado e a Câmara Federal dão todo o suporte para isso, inclusive. Não se trata de uma vaidade do deputado ou do vereador, e sim um instrumento poderoso através do qual o cidadão passa a fiscalizar o que se passa nas Câmaras a partir do que é exibido na TV.

P – Quais são os entraves para aumentar a audiência de uma emissora pública?

R – A reformulação do sinal analógico para digital é um facilitador. Contudo, precisamos compartilhar a qualidade técnica com conteúdos de excelência e de interesse comum. É para isso estamos trabalhando. Em resumo: temos que oferecer conteúdo interessante e de qualidade.

P – Além do noticiário ao vivo do plenário, quais são as mudança na programação da TV Alerj?

R – A televisão pública existe para dar transparência ao trabalho dos entes políticos e levar informação ao cidadão. Vamos continuar evoluindo, com alterações sempre que necessárias, com destaque para o cotidiano das cidades do interior e mais produção na área de entretenimento, por exemplo.