Astronauta italiana fotografa eclipse solar do espaço

by Diário do Vale

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O sol eclipsado no horizonte da Terra (Foto:Divulgação)

O sol eclipsado no horizonte da Terra (Foto:Divulgação)

A chegada do outono foi marcada por um espetacular eclipse total do Sol. Infelizmente, para nós, o fenômeno só foi visto no hemisfério norte, nas vastidões geladas perto do ártico. Os astronautas é claro, que não estão sujeitos as limitações terrestres, puderam assistir ao fenômeno de sua posição privilegiada, a bordo da Estação Espacial Internacional. A astronauta italiana Samantha Cristoforetti tirou estas fotos aí em baixo da sombra da Lua passando sobre o Atlântico norte e Sol nascendo eclipsado. E escreveu em seu blogue, o AstroSamantha: “Nascer do Sol em órbita e eclipse solar, o que poderia ser melhor?” comentou a engenheira de voo nascida em Milão.

Os eclipses do Sol acontecem sempre que a lua passa na frente do Sol e projeta sua sombra sobre a Terra. Nos locais percorridos pela sombra o eclipse é total e o dia vira noite, como aconteceu nas ilhas Faroe, no norte da Inglaterra. A Estação Espacial Internacional é um projeto conjunto de 12 países, incluindo Estados Unidos, Rússia, Canadá e as nações da União Europeia. A estação foi montada com módulos lançados pelo ônibus espacial americano e pelo foguete russo Proton. A construção começou em 1998 e só terminou em 2012. Isso se refere claro, a estrutura básica, formada por módulos de alumínio e painéis para captação de energia solar. Este ano a estação vai receber o primeiro módulo inflável, construído pela Bigelow Aerospace de Las Vegas que terá um espaço interno de 565 pés cúbicos, mais ou menos o tamanho de uma tenda grande de acampamento. Robert Bigelow, o fundador da Bigelow Aerospace pretendia construir um hotel no espaço usando esses módulos, mas o projeto não foi em frente devido ao alto custo. Agora o empresário assinou um contrato com a Nasa que vai usar os módulos infláveis em seus projetos de exploração do espaço profundo.

 

Planos da Nasa

 

A vantagem do módulo inflável é que ele pode ser lançado dobrado, dentro do cone de um foguete de tamanho médio, como o Falcon da Space X. E só é inflado depois que chega ao espaço. A partir de 2020 a agência espacial americana, Nasa, pretende expandir seus voos tripulados da órbita terrestre baixa, a 400 quilômetros de altura, para a órbita da Lua, a 384 mil quilômetros da Terra. Com os módulos infláveis será possível montar novas estações espaciais em lugares remotos, como a superfície da Lua e de asteroides. A Nasa também planeja usar um módulo desses como casa para os astronautas que descerem no planeta Marte durante a missão marcada para 2030.

Mas antes disso será preciso testar a nova tecnologia e ver como os novos módulos reagem a radiação do espaço e aos micrometeoritos. E a estação ISS é um lugar perfeito para a realização desses testes porque fica perto da Terra e é fácil de ser alcançada pelos foguetes de transporte como o Falcon.

 

Bigelow

 

Chamado de Módulo de Atividade Expansível Bigelow (BEAM em inglês) o módulo mede apenas dois metros e quarenta quando vazio e empacotado. Ele será levado ao espaço pela cápsula Dragon e acoplado ao módulo Tranquilidade. Depois de uma série de testes para comprovar sua integridade a estrutura será inflada e os astronautas poderão usa-la como um espaço extra. Espera-se que o novo módulo funcione durante dois anos acoplados a ISS enquanto os astronautas fazem testes diários para verificar se não há vazamentos de ar.

Enquanto isso, no espaço profundo, a sonda espacial Maven detectou auroras na atmosfera superior de Marte. Acreditava-se que Marte não poderia ter auroras devido a ausência de um campo magnético, mas os átomos da atmosfera marciana reagem ao bombardeio das partículas do vento solar brilhando com luz ultravioleta. A aurora marciana foi outra previsão do filme de ficção científica “Robinson Crusoé em Marte” que acabou se tornando realidade.

 Jorge Luiz Calife  | [email protected]

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