Estado do Rio – Duas apreensões feitas na Dutra, na altura de Piraí, em janeiro e maio de 2022, levaram à prisão acusados de tráfico interestadual. O líder da organização foi detido nesta quarta-feira (26), em Itapema, Santa Catarina. Com ele foram encontrados três veículos de luxo, R$ 20 mil, relógios da marca Rolex e diversos aparelhos celulares. Os mandados foram emitidos pela 1ª Vara Criminal da Capital Especializada em Organização Criminosa.
A prisão faz parte da Operação CashBack, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal no Rio de Janeiro (DRE/RJ).
Nesta quinta-feira (27), os agentes cumprem 18 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa denunciada por tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Os mandados são executados no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
A deflagração da Operação CashBack foi possível graças à instauração de um inquérito em janeiro de 2022, quando a Polícia Federal interceptou um veículo na Dutra, em Piraí, contendo R$ 1.525.832,00 escondidos no compartimento de carga. Suspeitando que o dinheiro fosse proveniente da venda de drogas e/ou armas para traficantes, as investigações foram aprofundadas, resultando nas ações desta quinta-feira.
As investigações revelaram que a organização era responsável pelo transporte de drogas entre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul, abastecendo comunidades do Complexo do Alemão e do Complexo do Salgueiro. Durante as investigações, significativas apreensões de drogas foram realizadas. Em maio de 2022, a equipe da DRE/RJ apreendeu 805 kg de cocaína em Piraí e, pouco depois, 808 kg de cocaína em Seropédica.
O GAECO/MPRJ destacou a existência de um sofisticado esquema financeiro para ocultar os lucros do tráfico, envolvendo a compra de carros de luxo e a utilização de contas bancárias de terceiros. No primeiro semestre de 2021, o grupo movimentou R$ 15 milhões, sendo que um único integrante chegou a movimentar R$ 14 milhões entre março e dezembro daquele ano.