Hardcore

Duas bandas que fazem a festa no fim do mês, dia 30 de novembro, na Toca do Arigó, a Scream Loud e a All the Postcards, prometem tocar o terror em guitarras altas e aquela bateria velocidade “Duracell”. É o hardcore dando a cara em Volta Redonda. A gente trocou uma ideia com essa galera que promete agitar muito, no evento mais hardcore do ano. Alguém lembra de outro aí? Semana que vem, esperamos caçar a Bullet Bane e divulgar o trabalho da banda aqui! Busca na net e já vai ouvindo, porque o som é bom.

All the Postcards

Músicas novas e sons dos dois EPs no repertório que será apresentado em Volta Redonda. A banda conta com Caio Marcelo (guitarra), Marcelo (baixo), Rosenberg (Bateria) e Vitor (Guitarra e voz).

Diário do Vale – Como foi formada a banda em Angra dos Reis?

Caio – A banda foi formada em 2007, mas só foi lançar o primeiro EP em 2013 com três músicas. Em 2014 eu entrei para a banda e gravamos um novo EP com cinco músicas, lançamos o clipe de Water Mirror, que é a música que fecha o EP, e conseguimos fechar uma parceria com um selo de Santa Catarina chamado Undermusic, especializado no tipo de som que a gente faz.

DV – Quais as principais influências e planos para o futuro?

Caio – As influências são o hardcore melódico dos anos 90, bandas como Face to ace, Millencolin, No use for a Name. Quanto ao futuro já temos um estúdio reservado para a gravação do nosso primeiro disco e duas turnês meio que encaminhadas por SP e pelo sul do país.

DV – Como são confeccionadas as músicas da banda?

Caio – O processo varia um pouco, desde um riff que um cara leva no ensaio e a banda vai desenvolvendo junto ou então o Vitor já chega com o processo já bem adiantado com a base da música e a melodia já elaborada.

 

Scream Loud

De 2008, a banda conta com Anderson Oliveira na bateria, Felipe Matheus na guitarra, Lucas Calixto no baixo, Pedro Dias na guitarra e vocais e Thiago dos Santos nos vocais.

Diário do Vale – Como veem o cenário independente?

Thiago Dos Santos – Falar do cenário é sempre complicado. Ele está aí, forte como sempre e com muitas pessoas querendo fazer acontecer, seja tocando ou produzindo alguma coisa. Em Volta Redonda tem muita coisa boa acontecendo atualmente e uma parcela muito pequena da população fica sabendo. Como já disse o independente é forte, o que acontece é que dependendo da época, só muda o grau de exposição e a quantidade de público que acompanha de perto tudo isso.

DV – Como veem a internet?

Thiago Dos Santos – Esse é o X da questão. Com a internet ficou muito mais fácil de você correr atrás de contatos, disponibilizar seu som para o maior número de pessoas possível. Porém, há alguns pontos que a internet parece agir ainda como vilã, pois há momentos que parece que existe tanta informação, que as pessoas se perdem e ficam rodando em seu próprio mundo já rotineiro dentro da rede, deixando passar eventos que estão acontecendo no mundo real bem perto delas, assim como muita coisa boa que está fora desse grande mercado “mainstream”. Outra vilã é a pura e simples preguiça que ainda domina as pessoas

DV – O que poderia melhorar na cena?

Thiago Dos Santos – De repente o que poderia melhorar é uma união mais forte entre público e bandas, e até mesmo uma união mais estratégica entre as bandas em si e todos os envolvidos no cenário para tentar contornar os obstáculos do caminho. Por isso agradecemos bastante a todos os apoiadores que sempre fortalecem o cenário para o independente continuar acontecendo.

DV – Qual a expectativa para o show em Volta Redonda?

Lucas Calixto –As melhores possíveis, estamos realizando esse próximo evento de coração aberto, e vamos receber duas bandas de fora da cidade que gostamos muito, que são o Bullet Bane (SP) e o All The Postcards (Angra dos Reis), além de tocar junto dos nossos grandes amigos do Mavericks, ou seja, todas as bandas de muita qualidade.

GIOVANNI NOGUEIRA | [email protected]