O que eu ganho com isso?

by Diário do Vale

O que eu ganho com isso? Esta é uma frase comum, muitas vezes pronunciada quando está em jogo fazer algo, como, por exemplo, estar disponível para realizar algum trabalho. Obviamente que tudo tem o seu preço, que todo e qualquer serviço deve ser recompensado de alguma forma. Mas, quando o que se busca é a troca pelo simples fato de receber como pagamento um sorriso, um abraço e um muito obrigado, é o altruísmo que entra em cena.
Fazer alguma coisa sem esperar algo em troca, principalmente algum pagamento em dinheiro, é uma atitude tão especial quanto marcante, e que ajuda a mover o mundo, através de bons sentimentos, por mais que muitas vezes não se acredite no etéreo.
Deixar de fazer algo exclusivamente para seu próprio bem-estar e contribuir para a felicidade alheia tem ajudado bastante, nos dias atuais, a amenizar as dores do mundo. Um exemplo muito importante é a organização humanitária “Médico sem Fronteiras”, criada em Genebra, na Suíça, em 1971. Esta organização internacional, não governamental e sem fins lucrativos oferece ajudas médica e humanitária a populações em situações de emergência, como em conflitos armados, epidemias, fome, catástrofes e exclusão social.
Nos últimos cem anos, o mundo se viu agraciado por inúmeros nomes reconhecidamente relevantes, e que foram de suma importância para que a ajuda chegasse aos quatro cantos do mundo. Nelson Mandela, Madre Teresa de Calcutá, Malala Yousafzai, Naomi Campbell, J.K. Rowling, Keanu Reeves, Irmã Dulce, Cesária Évora são alguns exemplos, entre muitos outros.
O primeiro registro do termo “altruísmo” surgiu através de Isidore Marie François Xavier Comte (1798-1857), um filósofo francês que ajudou a construir os pensamentos da Sociologia e do Positivismo. Em 1830, Comte caracterizou como altruísmo determinado grupo de ações pessoais que fazem com que seres humanos auxiliem outros, indistintamente. Ele afirmou ainda que ser altruísta é uma característica pessoal e que não tem necessariamente relação com o divino e muito menos com o sobrenatural. Na verdade, é algo que surge de força natural. É bom que se diga que ser altruísta nada tem a ver com aquela pessoa que faz uma doação ou ajuda alguém esporadicamente. Altruísta é aquele que faz disso um registro em sua biografia, e é lembrado por ela porque no seu dia a dia sempre adotou este comportamento.
Todos os nomes que citei e que são conhecidos mundo afora usaram sua fama para que fossem ouvidos e, assim, transformaram palavras em dinheiro e ações. Essas personalidades conseguiram ajudar milhões de pessoas em seus países e em muitos outros. A generosidade é uma característica inerente às almas bondosas, independentemente de condição financeira, de nível de educação e, até mesmo, de fama. Basta querer, arregaçar as mangas e fazer. As atitudes que transformam a vida de muitos são capazes de influenciar até mesmo as gerações futuras, aquelas que ainda não nasceram, mas que serão impactadas por esses atos de amor.
O altruísmo é algo tão propalado e necessário no mundo atual, que acabou fazendo parte do vestibular da Fuvest, em 2017: “O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm espaço no mundo contemporâneo?”.
Uma pessoa altruísta conhece os bons valores e pratica incondicionalmente a solidariedade. Ser assim é ser feliz, é ter a capacidade de propiciar o bem-estar a si mesmo, é gerar amor, respeito e harmonia entre as pessoas, melhorando os relacionamentos, tornando a vida mais leve e aumentando a sua própria expectativa de vida. Portanto, para haver mudança de comportamento é imperiosa a necessidade da formação de indivíduos mais solidários para serem futuros portadores de grandes mudanças. Então, é bom que se diga que pequenas atitudes de empatia serão totalmente benéfica ao próximo. Dessa maneira, surgirão cada vez mais pessoas conscientes e capazes de olhar para o outro de maneira verdadeira, sem interesse. É mister que abramos a guarda, dividindo nosso olhar e nossas ações para todos aqueles que necessitem de cuidado e atenção.
O que vamos ganhar com isso e que responde a pergunta dessa crônica, será muito amor vindo de pessoas melhores e mais capazes de dividir o que tem, sem medo de ficarem pobres de dinheiro ou sentimento.

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1 comment

O povo que se exploda! 30 de maio de 2019, 22:45h - 22:45

A pergunta é :
O que vários bairros sem água por mais de 3 dias ganham com isso?
Resposta:
Nada
Só quem ganha é o empresário dono da obra.

Que conseguiu parar uma rodovia que dá acesso a vários bairros, hospitais, escolas, Dutra, shopping, etc.

Tudo em prol de 1 só.

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