Júlio Lopes cria GT para combater entrada do crime organizado no setor de combustíveis

Informações apontam que PCC já teria sob controle 900 postos; Comando Vermelho também quer entrar no mercado

by Agatha Amorim

Deputado Julio Lopes, presidente da Frente Parlamentar Intelectual e Combate a Pirataria, está organizando a criação de um grupo de trabalho. (Foto: Divulgação)

Estado do Rio – Uma nova estratégia que vem sendo utilizada pelo crime organizado para a lavagem de dinheiro, chamou a atenção das autoridades em todo o país. Segundo informações da Polícia Federal, essas facções estão se utilizando da compra e venda de postos de combustíveis para realizar a operação. Diante disso, o presidente da Frente Parlamentar Intelectual e Combate a Pirataria, deputado Júlio Lopes (PP), está organizando a criação de um grupo de trabalho que contará com a parceria da Firjan, CNI e a Fecomércio do Rio de Janeiro e de São Paulo. Para ele, é preciso que seja intensificada a fiscalização nas estradas federais, estaduais e nos portos para que haja um combate efetivo não só dos combustíveis, como também dos demais produtos.

– A criminalidade organizada vem avançando em todos os setores da economia do país, principalmente no de combustíveis. Esse é um assunto absolutamente prioritário para todas as confederações de indústria e comércio, já que há um crescente sentimento de que o país precisa reagir ao que vem ocorrendo e o congresso obviamente não ficará de fora. Eu não quero e nem tenho interesse em nomear empresa alguma, mas precisamos de uma ação organizada contra essas facções que cada vez mais estão se profissionalizando e se capacitando. A sociedade precisa reagir e o congresso irá participar e apoiar essa reação – explicou.

O parlamentar lembrou ainda que de acordo com informações do Instituto Combustível Legal (ICL), cerca de 900 postos já estariam sob o controle de facções como o PCC. Outros grupos como o Comando Vermelho, também já estariam se organizando para atuarem no mercado de combustíveis não só com a compra de postos, como também investindo em distribuidoras, usinas e até na produção de seu próprio combustível, se utilizando para isso de laranjas e prejudicando imensamente o setor legalizado de combustíveis, setor que mais arrecada em tributos estaduais e federais, gerando uma perda para o país de cerca de R$ 14 bilhões em sonegação.

– Para se ter uma ideia, a arrecadação de impostos estaduais no setor movimentou cerca de R$ 20 bilhões só com a venda de gasolina, etanol e diesel. Em 2023, o Brasil vendeu 129,7 bilhões de litros desses combustíveis, gerando um aumento de 4,8% em relação a 2022. Mas infelizmente com a adulteração desses combustíveis, o rombo é de R$ 19 bilhões; sendo que Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Paraná e Bahia, são os estados onde essas facções mais atuam – disse.

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