Saae estuda projetos para resolver problema de abastecimento em Volta Redonda

by Diário do Vale
Leonardo Vidal: ‘Tenho outros projetos para os pontos mais altos de Volta Redonda como, por exemplo, Vila Rica/ Três Poços’ (Foto: Franciele Bueno)

Leonardo Vidal: ‘Tenho outros projetos para os pontos mais altos de Volta Redonda como, por exemplo, Vila Rica/ Três Poços’ (Foto: Franciele Bueno)

Volta Redonda – O diretor executivo do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Volta Redonda Leonardo Vidal, em entrevista ao DIÁRIO DO VALE, explicou que existem projetos que estão sendo estudados para sanar o problema de abastecimento no município, principalmente nas áreas mais críticas que sofrem sistematicamente com a falta d’água há muito tempo.

Entretanto o diretor afirmou que a maior dificuldade é a viabilização financeira dos trabalhos. Por causa disso, Vidal busca recursos econômicos para que os projetos sejam executados, verificando a possibilidade de empréstimos ou financiamentos em bancos nacionais e internacionais. Um dos projetos irá atender os bairros no entorno da Rodovia do Contorno, que vivem um problema crônico de distribuição de água.

– Temos um plano de investimento através de projetos que já tinham sido levantados e que estão sendo estudados nesse momento. Eu fiz um levantamento bem rápido dos macroprojetos, que são os mais emergenciais, para as áreas que sofrem com a falta d’água. Há um projeto de reforço geral que vai atender vários bairros no entorno da Rodovia do Contorno, que é a construção de uma adutora grande, estação elevatória, subestação de abastecimento e um reservatório, esse projeto custa R$ 56 milhões. A Rodovia do Contorno tem um problema crônico de abastecimento, porque fica localizada na ponta da cidade é uma rede que foi construída há algum tempo – disse.

Leonardo Vidal pontuou que toda a arrecadação do Saae é através do pagamento das contas de água e que o valor recolhido é destinado à folha de pagamento dos funcionários – maioria deles concursados e poucos comissionados – e a conta de energia elétrica. De acordo com o diretor executivo, para colocar em prática os projetos é necessário estudar a viabilidade de buscar recurso privado. Ele desmentiu ainda boatos que o Saae será privatizado.

– Setenta e dois por cento do que arrecadamos com o pagamento das contas de água é destinado à folha de pagamento dos funcionários e conta de energia elétrica, sendo que a maioria é concursada e poucos comissionados, nós não temos RPA (Recibo de Pagamento Autônomo). O Saae não pega dinheiro da prefeitura, por isso estamos buscando financiamentos públicos e privados, são verbas que o governo federal e estadual dá ao município, mas no cenário atual não há viabilidade de conseguir com o setor público. Com isso, estou buscando recurso privado é bom esclarecer a população que o Saae não será privatizado – falou, acrescentando que em janeiro, em comparação ao ano passado, a autarquia conseguiu economizar na conta de luz e segue adotando medidas de conservação de energia elétrica.

– Em janeiro conseguimos economizar quase R$ 500 mil na conta da luz com ações que estão desenvolvidas de conservação de energia elétrica – frisou.

Situação atípica nas últimas semanas

Nas últimas semanas, a população de Volta Redonda sofreu com os rompimentos nas redes de abastecimento do Saae. Segundo o diretor, a situação foi atípica, com quebras nas redes durante três dias, uma parada por turbidez na ETA (Estação de Tratamento de Água) no Belmonte paralisando por 9 horas a estação e ainda um furo na tubulação.  Vidal comentou que toda essa situação tem que ser apurada, por isso procurou à Polícia Civil, mas não deu maiores informações sobre as investigações.

Vidal salientou que tem projetos para os pontos altos da cidade como, por exemplo, o bairro Vila Rica/ Três Poços, os moradores chegaram a protestar na porta do Saae, devido a falta d’água. Para áreas criticas como Vila Rica/ Três Poços, Belo Horizonte, Santa Cruz, Santa Rita do Zarur e Açude I ao IV é necessária a construção de reservatórios e redes, são áreas emergenciais que também precisam de investimento financeiro.

– Tenho outros projetos para os pontos mais altos de Volta Redonda como, por exemplo, Vila Rica/ Três Poços, esse problema no abastecimento não é de agora, já ocorre há muito tempo. Recebi com toda a atenção os moradores do bairro que fez uma manifestação na porta do Saae. Eles estão corretos é ruim ficar sem água em casa, mas o problema é antigo. Nós tivemos um problema atípico que fez com que essas áreas que já sofrem sistematicamente com a falta d’água vivessem um transtorno maior – comentou.

Muitos moradores questionaram a afirmação do Saae sobre o restabelecimento. A autarquia afirmou, após solucionar os rompimentos, que o abastecimento estava normal. Leonardo Vidal explicou que o prazo do Saae não é automático, as áreas mais baixas precisam se abastecer para a água chegar à parte alta.

– Essas áreas sofrem no verão por conta dos problemas de serem mais altos e de ponta de rede. Como houve outros locais que também ficaram sem água, até restabelecer a água nos locais que tradicionalmente não faltam e a água poder chegar demorou muito mais. O Saae não está privilegiando ninguém, não é isso. É o próprio sistema, pois para abastecer o que está em cima tem que primeiro encher a parte de baixo. Como houve um problema atípico, a retomada na região mais baixa demorou mais, e quem estava acostumado há ficar dois, três dias, sem água, ficou dez, isso foi real. Porém no passado, isso aconteceu também – comentou.

CSN presta auxílio técnico, diz diretor  

Vidal disse que pediu ajuda à CSN e o diretor Márcio Lins o atendeu prontamente, disponibilizando uma equipe que auxiliou na verificação do problema e na apuração de algumas situações na ETA.

– A questão da tubulação na estação já está sendo feito um levantamento grande. Pedimos ajuda da CSN, o diretor Márcio Lins atendeu na verificação do problema e na apuração de algumas situações. Desde o início dessa semana, tem uma equipe nos ajudando – disse.

Para Vidal, a ETA precisa de manutenção constante, pois é bem envelhecida e caso aconteça um grande problema toda a cidade corre o risco de ficar sem água. Ele destacou que está iniciando um estudo para a possibilidade de criar outras estações de tratamento de água em Volta Redonda.

– Iniciei recentemente um estudo preliminar para possibilidade de outras estações de tratamento de água na cidade, com o objetivo de minimizar o risco, caso aconteça um problema maior na ETA, pois se acontecer toda a população pode ficar sem água – finalizou.

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14 comments

Luiz 9 de fevereiro de 2017, 09:37h - 09:37

A CEF tinha disponibilizado uma grana alta para investir em mobilidade urbana que o SAMUCA disse que não vai pegar por falta de projeto. Então que usem essa grana para resolver o problema de água.

Ana luiza 9 de fevereiro de 2017, 08:54h - 08:54

A cidade vai parar SAMUQUINHA….com tantos controles ……o laboratório Municipal parou….e agora…..??????esse foi o primeiro….vai ter mais….chama o MAURO CAMPOS. RONALDO ALVES RAFAEL CAPOBIANGO…O MARCÃO. Homens
Q tá mandando na PMVR

Edmilson 9 de fevereiro de 2017, 08:43h - 08:43

O atendimento feito as bairros de BP e BM já acontecem a décadas….não é a causa desta situação…o SAAE tem que fazer investimentos..situação que não acontece…

Paula Tejando 9 de fevereiro de 2017, 08:34h - 08:34

Samuca você consegue explicar a ida do inexpressivo ex-presidente José Luiz de Sá para se encostar bem remunerado no SAAE?

Leitor 9 de fevereiro de 2017, 12:14h - 12:14

Senhor Diretor do SAAE/VR, quem entende da área de saneamento e distribuição de água potável, chama-se Euclides esse é o cara.

FORMIGAO 9 de fevereiro de 2017, 08:13h - 08:13

PROCUREM O EX ENGENHEIRO DO SAAE EUCLIDES OU CESAR STREVA ELES CONHECEM A EMPRESA E SABEM O QUE FAZER

Vava 9 de fevereiro de 2017, 07:36h - 07:36

Com o eto e pc nao tinha isto , o saudade.

VAI VENDO 9 de fevereiro de 2017, 01:06h - 01:06

A solução imediata para VR não ficar sem água por longos anos é o SAAE-VR parar de mandar água para BM e BP, e priorizar VR.

Não há boato nenhum que o SAAE tem a intenção de privatizar a empresa construida com os meus impostos. As características dos atos é que comprovam isso. Mas claro, só quem CONHECE a Administração Pública e ENTENDE de Gestão Pública já sabe disso há tempos.

Além disso o próprio Neto já estava preocupado logo após a eleição do Samuca. Será que o ex-prefeito já sabia quem eram os “olhos grandes” que estavam entrando?

Jorginho 8 de fevereiro de 2017, 23:01h - 23:01

Já passou da hora de ter outras estações de tratamento na cidade,não podemos ficar sem um plano B, caso haja problemas com a ETA Belmonte.

Bernardinho 8 de fevereiro de 2017, 21:09h - 21:09

É o Tande?!

DIDIDEDÉMOCOCA 9 de fevereiro de 2017, 08:05h - 08:05

Parece!

Morador de BM 8 de fevereiro de 2017, 20:30h - 20:30

Leonardo é sério e honesto além de grande competência, tem que
ter paciência pois quem perdeu a boquinha não estão conformados.

SOCORRO 8 de fevereiro de 2017, 21:11h - 21:11

Sei que quero água na torneira…

VAI VENDO 9 de fevereiro de 2017, 00:58h - 00:58

SAAE de VR não pode tirar água de VR e mandar para BM ou BP.
Se querem água que cobrem os eleitos de cada cidade.

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