Volta Redonda – O diretor executivo do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Volta Redonda Leonardo Vidal, em entrevista ao DIÁRIO DO VALE, explicou que existem projetos que estão sendo estudados para sanar o problema de abastecimento no município, principalmente nas áreas mais críticas que sofrem sistematicamente com a falta d’água há muito tempo.
Entretanto o diretor afirmou que a maior dificuldade é a viabilização financeira dos trabalhos. Por causa disso, Vidal busca recursos econômicos para que os projetos sejam executados, verificando a possibilidade de empréstimos ou financiamentos em bancos nacionais e internacionais. Um dos projetos irá atender os bairros no entorno da Rodovia do Contorno, que vivem um problema crônico de distribuição de água.
– Temos um plano de investimento através de projetos que já tinham sido levantados e que estão sendo estudados nesse momento. Eu fiz um levantamento bem rápido dos macroprojetos, que são os mais emergenciais, para as áreas que sofrem com a falta d’água. Há um projeto de reforço geral que vai atender vários bairros no entorno da Rodovia do Contorno, que é a construção de uma adutora grande, estação elevatória, subestação de abastecimento e um reservatório, esse projeto custa R$ 56 milhões. A Rodovia do Contorno tem um problema crônico de abastecimento, porque fica localizada na ponta da cidade é uma rede que foi construída há algum tempo – disse.
Leonardo Vidal pontuou que toda a arrecadação do Saae é através do pagamento das contas de água e que o valor recolhido é destinado à folha de pagamento dos funcionários – maioria deles concursados e poucos comissionados – e a conta de energia elétrica. De acordo com o diretor executivo, para colocar em prática os projetos é necessário estudar a viabilidade de buscar recurso privado. Ele desmentiu ainda boatos que o Saae será privatizado.
– Setenta e dois por cento do que arrecadamos com o pagamento das contas de água é destinado à folha de pagamento dos funcionários e conta de energia elétrica, sendo que a maioria é concursada e poucos comissionados, nós não temos RPA (Recibo de Pagamento Autônomo). O Saae não pega dinheiro da prefeitura, por isso estamos buscando financiamentos públicos e privados, são verbas que o governo federal e estadual dá ao município, mas no cenário atual não há viabilidade de conseguir com o setor público. Com isso, estou buscando recurso privado é bom esclarecer a população que o Saae não será privatizado – falou, acrescentando que em janeiro, em comparação ao ano passado, a autarquia conseguiu economizar na conta de luz e segue adotando medidas de conservação de energia elétrica.
– Em janeiro conseguimos economizar quase R$ 500 mil na conta da luz com ações que estão desenvolvidas de conservação de energia elétrica – frisou.
Situação atípica nas últimas semanas
Nas últimas semanas, a população de Volta Redonda sofreu com os rompimentos nas redes de abastecimento do Saae. Segundo o diretor, a situação foi atípica, com quebras nas redes durante três dias, uma parada por turbidez na ETA (Estação de Tratamento de Água) no Belmonte paralisando por 9 horas a estação e ainda um furo na tubulação. Vidal comentou que toda essa situação tem que ser apurada, por isso procurou à Polícia Civil, mas não deu maiores informações sobre as investigações.
Vidal salientou que tem projetos para os pontos altos da cidade como, por exemplo, o bairro Vila Rica/ Três Poços, os moradores chegaram a protestar na porta do Saae, devido a falta d’água. Para áreas criticas como Vila Rica/ Três Poços, Belo Horizonte, Santa Cruz, Santa Rita do Zarur e Açude I ao IV é necessária a construção de reservatórios e redes, são áreas emergenciais que também precisam de investimento financeiro.
– Tenho outros projetos para os pontos mais altos de Volta Redonda como, por exemplo, Vila Rica/ Três Poços, esse problema no abastecimento não é de agora, já ocorre há muito tempo. Recebi com toda a atenção os moradores do bairro que fez uma manifestação na porta do Saae. Eles estão corretos é ruim ficar sem água em casa, mas o problema é antigo. Nós tivemos um problema atípico que fez com que essas áreas que já sofrem sistematicamente com a falta d’água vivessem um transtorno maior – comentou.
Muitos moradores questionaram a afirmação do Saae sobre o restabelecimento. A autarquia afirmou, após solucionar os rompimentos, que o abastecimento estava normal. Leonardo Vidal explicou que o prazo do Saae não é automático, as áreas mais baixas precisam se abastecer para a água chegar à parte alta.
– Essas áreas sofrem no verão por conta dos problemas de serem mais altos e de ponta de rede. Como houve outros locais que também ficaram sem água, até restabelecer a água nos locais que tradicionalmente não faltam e a água poder chegar demorou muito mais. O Saae não está privilegiando ninguém, não é isso. É o próprio sistema, pois para abastecer o que está em cima tem que primeiro encher a parte de baixo. Como houve um problema atípico, a retomada na região mais baixa demorou mais, e quem estava acostumado há ficar dois, três dias, sem água, ficou dez, isso foi real. Porém no passado, isso aconteceu também – comentou.
CSN presta auxílio técnico, diz diretor
Vidal disse que pediu ajuda à CSN e o diretor Márcio Lins o atendeu prontamente, disponibilizando uma equipe que auxiliou na verificação do problema e na apuração de algumas situações na ETA.
– A questão da tubulação na estação já está sendo feito um levantamento grande. Pedimos ajuda da CSN, o diretor Márcio Lins atendeu na verificação do problema e na apuração de algumas situações. Desde o início dessa semana, tem uma equipe nos ajudando – disse.
Para Vidal, a ETA precisa de manutenção constante, pois é bem envelhecida e caso aconteça um grande problema toda a cidade corre o risco de ficar sem água. Ele destacou que está iniciando um estudo para a possibilidade de criar outras estações de tratamento de água em Volta Redonda.
– Iniciei recentemente um estudo preliminar para possibilidade de outras estações de tratamento de água na cidade, com o objetivo de minimizar o risco, caso aconteça um problema maior na ETA, pois se acontecer toda a população pode ficar sem água – finalizou.
14 comments
A CEF tinha disponibilizado uma grana alta para investir em mobilidade urbana que o SAMUCA disse que não vai pegar por falta de projeto. Então que usem essa grana para resolver o problema de água.
A cidade vai parar SAMUQUINHA….com tantos controles ……o laboratório Municipal parou….e agora…..??????esse foi o primeiro….vai ter mais….chama o MAURO CAMPOS. RONALDO ALVES RAFAEL CAPOBIANGO…O MARCÃO. Homens
Q tá mandando na PMVR
O atendimento feito as bairros de BP e BM já acontecem a décadas….não é a causa desta situação…o SAAE tem que fazer investimentos..situação que não acontece…
Samuca você consegue explicar a ida do inexpressivo ex-presidente José Luiz de Sá para se encostar bem remunerado no SAAE?
Senhor Diretor do SAAE/VR, quem entende da área de saneamento e distribuição de água potável, chama-se Euclides esse é o cara.
PROCUREM O EX ENGENHEIRO DO SAAE EUCLIDES OU CESAR STREVA ELES CONHECEM A EMPRESA E SABEM O QUE FAZER
Com o eto e pc nao tinha isto , o saudade.
A solução imediata para VR não ficar sem água por longos anos é o SAAE-VR parar de mandar água para BM e BP, e priorizar VR.
Não há boato nenhum que o SAAE tem a intenção de privatizar a empresa construida com os meus impostos. As características dos atos é que comprovam isso. Mas claro, só quem CONHECE a Administração Pública e ENTENDE de Gestão Pública já sabe disso há tempos.
Além disso o próprio Neto já estava preocupado logo após a eleição do Samuca. Será que o ex-prefeito já sabia quem eram os “olhos grandes” que estavam entrando?
Já passou da hora de ter outras estações de tratamento na cidade,não podemos ficar sem um plano B, caso haja problemas com a ETA Belmonte.
É o Tande?!
Parece!
Leonardo é sério e honesto além de grande competência, tem que
ter paciência pois quem perdeu a boquinha não estão conformados.
Sei que quero água na torneira…
SAAE de VR não pode tirar água de VR e mandar para BM ou BP.
Se querem água que cobrem os eleitos de cada cidade.
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