Carreira: Protagonismo feminino

by Lívia Nascimento

Ana Paula Gonçalves

A história da mulher na sociedade é marcada por muita luta e resiliência. De forma lenta e gradual, as mulheres foram conquistando seu espaço no mercado de trabalho e em locais antes ocupados somente por homens. No entanto, quando se fala em cargos de liderança apenas 37,4% são ocupados por mulheres, segundo dados do IBGE.
Historicamente, os homens parecem enfrentar menores dificuldades para desenvolver sua carreira, devido a uma cultura patriarcal observada em nossa sociedade, que geralmente aponta desvantagens ao desenvolvimento profissional feminino. Por outro lado, as mulheres, ainda encontram barreiras naturais (filhos, família, cuidado com o lar…), ressaltadas por organizações ainda conservadoras.
A mulher que desenvolve atividade fora do lar, enfrenta muitas vezes, dupla ou até tripla jornada de trabalho. Ocupa-se em desempenhar funções profissionais para ajudar o orçamento doméstico e ainda, no seu dia a dia, preconceitos de toda ordem: ganhar salário menor (Relatório da OIT aponta que mulheres recebem 20% menos do que homens), a obrigação de estar sempre pronta para vencer as dificuldades de uma sociedade ainda machista.
Carreira feminina é um obstáculo a ser vencido. A boa notícia é que estamos ganhando cada vez mais destaque no mercado de trabalho, mostrando características fortes de liderança, como resiliência, intuição, criatividade e escuta. Uma pesquisa da consultoria McKinsey mostrou que empresas que têm mulheres na liderança lucram, em média, 21% a mais, e têm resultados operacionais 48% maiores em comparação com a média da indústria.
Na minha opinião, o que vai fazer a diferença nas nossas carreiras é encontrar nossas aliadas. Ao longo da minha jornada, eu criei e fomentei aliadas e alianças, sejam elas pares, times, parceiras de trabalho ou de mercado, e todas elas fizeram muita diferença na minha carreira. Fizeram com que eu fosse mais forte, mais consciente e empática ao mundo, ainda mais nesse momento que estamos vivendo de tamanha transformação.
Então, # ficam as dicas:
Pratique Sororidade:
Desconstruindo a ideia da competitividade feminina;
Não fortalecendo estereótipos;
Apoiando o trabalho de outras mulheres;
Construindo redes de apoios e alianças;
Elogiando mulheres não só pela aparência física;
Não abandone o feminino. Muitas mulheres assumem um estilo masculino no ambiente profissional. A intuição, a visão agregadora e a empatia, por exemplo, são características do feminino que as mulheres deveriam apostar e assumir na hora de investir na sua carreira.
Acredite em você em primeiro lugar. Parece clichê, mas isso transforma todo o resto, pois é confiando no seu potencial, e não tendo medo de dizer que não sabe algo, é que você pode ir longe. Vulnerabilidade é a forma de se tornar humana e ganhar a confiança das pessoas.
Invista no autoconhecimento e na autenticidade. Seja sua melhor versão.
Sonhe alto e não abandone o seu propósito.

Ana Paula Gonçalves é Master Coach de Carreira; Diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Sul Fluminense; Gerente Regional de Gente e Gestão da CSN e Conselheira da Firjan Sul Fluminense

You may also like

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996