Exército se manifesta sobre incêndio no Parque Nacional de Itatiaia

De acordo com nota enviada à imprensa, foco inicial de incêndio foi combatido por militares

by Lívia Nascimento

Foto: Reprodução do vídeo que mostra comboio do Exército

Itatiaia – A assessoria de Relações Institucionais e Comunicação Social do Exército Brasileiro esclareceu, em nota enviada à imprensa na tarde desta terça-feira (18), que o foco de incêndio identificado próximo à coluna de veículos – e captado por câmeras de segurança na sexta-feira (14), foi combatido por militares que estavam no local. Naquela data, cerca de 415 cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras concluíam o estágio básico do Combatente de Montanha, atividade de instrução prevista para a formação de oficiais do Exército Brasileiro.

“No início da tarde, com todos os militares já embarcados e em condições de iniciarem o deslocamento de retorno para Resende, foi identificado um foco de incêndio próximo à coluna de veículos. De imediato, alguns militares desembarcaram e iniciaram o combate ao incêndio, utilizando os extintores das viaturas e meios disponíveis no momento. Contudo, devido aos fortes ventos na área e a vegetação bastante seca, o fogo se alastrou, não sendo possível sua contenção”, diz a nota enviada ao DIÁRIO DO VALE.

A assessoria do Exército acrescenta que “as viaturas militares foram retiradas do local por questão de segurança e, ato contínuo, a direção do Parque Nacional de Itatiaia foi informada, tendo havido imediata mobilização de apoio do Exército ao parque na contenção do incêndio, o qual vem ocorrendo ininterruptamente”.

Chamas atingiram mais de 200 hectares desde sexta-feira (14). (Foto: Corpo de Bombeiros RJ)

O apoio, ainda de acordo com o Exército, teve início com o pessoal especializado e meios disponíveis no local. “Posteriormente, já na manhã do dia 15 de junho, foi substituído pela Brigada de Combate a Incêndio da Academia Militar das Agulhas Negras, composta de um efetivo de cerca de 100 (cem) militares, apoiados por viaturas cisternas com água, cozinhas móveis para confecção de refeições para as equipes que estavam realizando as ações de combate ao incêndio, aeronaves da Aviação do Exército para transporte de militares para a região do incêndio, bem como para transporte de água e lançamento sobre os focos do incêndio por meio do equipamento `Bumbi Bucket` (saco d`água), além de todo o suporte logístico daqueles que permaneceram no PNI durante os trabalhos e o estabelecimento de contatos diretos com o pessoal do Instituto Chico Mendes Bio”, continua o texto.

Já em relação a informações de que os passeios na parte alta do parque estariam fechados por conta desse exercício militar que acontecia no parque, o Exército diz não ter conhecimento deste fato. “A Academia Militar das Agulhas Negras realiza exercícios de montanhismo na área do Parque Nacional do Itatiaia, anualmente, desde da década de 50, com uma longa tradição de cooperação e com uma efetiva participação na manutenção do parque, assim como na recuperação de áreas degradadas, tendo como um de seus compromissos a preservação do meio ambiente”, frisa a assessoria do Exército.

“A Academia Militar das Agulhas Negras, por inúmeras vezes, ao longo dessa sólida parceria, contribuiu com ações de combate a focos de incêndio no local. As causas do incêndio serão apuradas pelas autoridades competentes e a Academia Militar das Agulhas Negras encontra-se à disposição para contribuir com a elucidação dos fatos, bem como estará comprometida com o esforço conjunto para a recuperação e a preservação do meio ambiente no parque”, concluiu.

Imagens no WhatsApp

As imagens captadas por câmeras de segurança na sexta-feira (14), mostram  fumaça ao lado de vários veículos militares enfileirados, e começaram a ser compartilhadas em grupos de WhatsApp, causando indignação. As suspeitas davam conta de que o fogo teria sido causado durante o exercício de cadetes da AMAN no local. De acordo com a Parquetur, concessionária responsável pela administração do Parque Nacional de Itatiaia, é preciso aguardar o resultado da perícia para determinar se o incêndio teve, ou não, início durante o treinamento militar. Até o momento, cerca de 200 hectares de vegetação foram queimados.

 

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