Lawrence Krauss é um físico norte-americano que adora dar palestras sobre ciência e cultura popular. Ele é o autor de um livro chamado “A física de Jornada nas Estrelas” onde esmiúça para os nerds as possibilidades reais do tele transporte e das viagens interestelares. Em seu novo livro, “Um universo que veio do nada: Porque há criação sem criador”, Krauss deixa de lado o senhor Spock e sua turma e mergulha nos domínios da cosmologia. Dos estudos mais recentes sobre a origem do universo em que vivemos.
A pergunta é uma das mais antigas já feitas pelos seres humanos. Afinal, como surgiu esse mundão em que vivemos? Os primeiros homens que viveram na Terra não sabiam nada de física quântica, cosmologia ou relatividade. Eles imaginavam que o mundo tinha sido criado por algum gigante muito poderoso que vivia em algum lugar inacessível. No alto de alguma montanha ou no céu, entre as nuvens. E assim surgiu a ideia de Deus, uma entidade imaginária e superpoderosa pela qual os seres humanos matam e morrem.
A ciência moderna já eliminou a necessidade de divindades para explicar a origem do mundo. Observações com telescópios de todos os tipos e formatos já mostraram que o Universo começou com uma singularidade. Uma coisa menor do que uma cabeça de alfinete que explodiu há 13 bilhões de anos criando o tempo, o espaço, a energia e a matéria. Os físicos chamam isso de Big Bang. O Calvin, aquele garotinho das histórias em quadrinhos, diz que foi “O grande Cabum!”.
Mas de onde veio essa sementinha minúscula que explodiu e criou o Universo? Será que ela foi obra de alguns daqueles deuses antigos? Não. Antes do Big Bang não existia nem espaço nem tempo onde um criador pudesse exercer seus superpoderes. O universo surgiu do nada a partir de fenômenos quânticos inevitáveis. Para Krauss a ideia de que um criador produziu o Universo é “preguiça mental” e não explica coisa alguma. Richard Dawkins, o decano dos ateus, gostou tanto do livro que escreveu um posfácio. Mas não se preocupem, Deus não vai ficar desempregado. Enquanto existirem seres humanos vão existir pessoas com uma necessidade premente de acreditar em Deus, Papai Noel e na fada do dente.
Por Jorge Luiz Calife
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3 comments
Mistério…
Adoraria ler o livro! Não precisamos mais nos apoiar em crenças religiosas!
Para reflexão:
“Fenômenos quânticos inevitáveis” é igual a nada?
Como pode do nada surgir algo?
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