Palestra na Apadem aborda a importância da comunicação através do afeto

Volta Redonda – Na manhã de sábado (8) pais de autistas, familiares e membros da Apadem (Associação de Pais de Autistas e Deficientes Mentais), participaram de um bate-papo com a fonoaudióloga Adriana Fernandes, especialista em inclusão escolar e Transtorno do Espectro Autista (TEA). A profissional esclareceu dúvidas sobre comunicação, fala e desenvolvimento da linguagem, e falou sobre o envolvimento afetivo que as pessoas devem ter com o autista.

A fonoaudióloga destacou também que o conceito de afeto que ela apresentou vai além do carinho, do afago.

– Impactar o outro com nossos gestos, voz, expressões e movimentos é um convite a refletir sobre a importância da mudança das nossas atitudes, para despertar a motivação para a comunicação – explicou.

Durante o bate-papo foi abordado também assuntos e dúvidas dos pais que envolvem a dificuldade de comunicação no TEA. “Pensando que a linguagem tem função social e acontece em duas vias, ela só tem sentido se existe o outro. Por isso eu quis mostrar que quando são os pais que estão em outra via, como eles devem se expressar com os filhos autistas, e como eles devem criar um ambiente favorável à potencialização do desenvolvimento da linguagem”.

De acordo com Adriana, o cronológico tem que ser sempre respeitado no autista, não se deve infantilizar o tratamento com eles porque só atrapalha.

Para os pais de Enzo Emico, de seis anos, Igor Florentino e Eliane Mara da Conceição, moradores de Pinheiral, a palestra foi muito instrutiva e tirou muitas dúvidas do casal.

– O Enzo foi diagnosticado aos três anos e desde o ano retrasado frequentamos a Apadem. Acredito que a comunicação é muito importante para o autista e quando ela é feita com afeto fica melhor ainda. A Apadem nos ajudou muito a compreender o autismo e a lidar com o Enzo – comentou orgulhoso o pai.

Para a presidente da Apadem, Marlice Zonzin Abrantes, muitos pais veem o fator da fala como um dos grandes obstáculos para lidar com seus filhos autistas. “Por isso acho primordial palestras como a da fonoaudióloga Adriana”.