O Tom Cruise e a nova versão da Múmia

‘A Múmia’: Roteiristas e a Universal resolveram ultrapassar todos os limites do absurdo com este novo filme
(Foto: Divulgação)

O panorama cinematográfico desta semana inclui duas estreias. No circuitão tem o remake de “A Múmia”, aquele filme de 1999 com o Brendan Fraser. Agora a múmia é uma mulher, uma princesa egípcia amaldiçoada que se levanta da tumba para atormentar o baixinho Tom Cruise. Já o filme nacional da semana é “O Rastro” sobre um médico que procura um paciente desaparecido. Uma história de terror, bem diferente das comédias românticas que andam dominando a produção nacional. Também temos a pré-estreia de “Tudo e Todas as Coisas” história de um romance entre adolescentes que lembra o boicotado “Espaço Entre Nós”.
Mas comecemos pela múmia do Tom Cruise. No século passado a Universal Pictures ficou conhecida como “o estúdio dos monstros” devido uma série de filmes de terror de muito sucesso. Que incluía o Frankenstein e a Múmia, interpretados pelo ator Boris Karloff. Em 1999 o estúdio resolveu reativar essa franquia com uma nova série cheia de cor e efeitos especiais. “A Múmia” de 1999 mostrava mais afinidade com os filmes do Indiana Jones do que com a Múmia de 1932 do Boris Karloff.
Estrelado pelo Brendan Fraser e a Rachel Ward, a múmia de 1999 tinha ação e correrias contínuas e efeitos visuais assustadores. Interpretada pelo ator Arnold Vosloo, a nova múmia provocava cataclismas cósmicos como uma chuva de meteoritos sobre o Cairo e uma invasão de escaravelhos carnívoros. Tudo muito absurdo, mas divertido, o que levou ao sucesso do filme e a uma continuação, “O Retorno da Múmia” (2001), com os mesmos atores e os mesmos truques.
O segundo filme não rendeu tanto quanto o primeiro e a franquia ficou hibernando durante dezesseis anos. O trailer do novo filme, disponível na internet, mostra que os roteiristas e a Universal resolveram ultrapassar todos os limites do absurdo com este novo filme. Em uma cena, mostrada no trailer, Tom Cruise está a bordo de um jato C-17 que é derrubado por uma revoada de pássaros. Cruise consegue lançar a mocinha (Annabelle Wallis) de para quedas, mas fica dentro do avião que se espatifa de bico no chão.
Corta para Cruise acordando intacto num necrotério. Qualquer criança sabe que se um avião mergulhar verticalmente no solo os ocupantes vão ficar em pedaços, como a aeronave. Na vida real teriam que recolher o que sobrou do Tom Cruise com uma pá. Acontece que “A Múmia” não tem nada a ver com a realidade. Ela pertence aquele universo de celuloide onde residem os filmes do James Bond e as leis da física não tem validade.
A trama é quase a mesma do filme de 1999. Arqueólogos retiram uma múmia de uma tumba egípcia e ela ganha vida, provocando todo o tipo de fenômenos paranormais. A atriz italiana Sofia Boutella é a nova Múmia e o Russel Crowe faz o papel do doutor Henry Jeckyl, do “Médico e o Monstro” que entra de carona na história. Crowe deve estar precisando muito de dinheiro.

Estreia nacional

“O Rastro” tem Rafael Cardoso, Leandra Leal e Cláudia Abreu em uma história de terror. Um jovem médico do Rio de Janeiro coordena a transferência de pacientes nos hospitais do estado. Uma noite um paciente desaparece do sistema e o médico começa a perder o senso de realidade a medida em que procura pelo paciente perdido. A direção é de João Caetano.
Tudo e todas as coisas é baseado em um daqueles romances que viraram best-seller. Temos uma menina de 17 anos (Amandla Stenberg) que sofre de uma doença rara e é obrigada a viver presa num ambiente esterilizado. Ela conhece um rapaz pela internet, Olly Bright e resolve conhecer o mundo com ele. Parece uma versão planeta Terra do “Espaço Entre Nós” onde um rapaz de Marte conhecia uma terráquea pela internet e fugia com ela. Para quem gosta de filmes românticos é imperdível.