Corpus Christi é lembrado com missas e tapetes na região

by Diário do Vale
Arte: Fiéis iam entrando na igreja e admirando a beleza de cores do tapete na igreja do Aterrado, em Volta Redonda (Foto: Franciele Bueno)

Arte: Fiéis iam entrando na igreja e admirando a beleza de cores do tapete na igreja do Aterrado, em Volta Redonda (Foto: Franciele Bueno)

Volta Redonda – O feriado católico de Corpus Christi foi celebrado nesta quinta-feira (26) na região com missas, procissões e a tradicional confecção de tapetes, feitos com areia, palha, palha de arroz, borra de café, serragem e sal. Em Volta Redonda, a Igreja Nossa Senhora das Graças, no bairro Aterrado, recebeu o bispo da Diocese Volta Redonda-Barra do Piraí, Dom Francisco Biasin, em uma missa que reuniu milhares de fiéis.

A estimativa é que aproximadamente duas mil pessoas, de comunidades de Volta Redonda e Pinheiral, tenham participado da manifestação de fé. Após a missa, os fiéis seguiram em procissão até a Igreja de Santo Antônio, no bairro Niterói, onde foi realizada a bênção do Santíssimo, o encerramento da celebração.

Dom Biasin explicou que a missa de Corpus Christi é uma forma de externar o amor à Eucaristia, celebração da morte e ressurreição de Jesus. De acordo com o bispo, a juventude tem ativa participação na igreja e em datas como essa, são eles que confeccionam os tapetes, um meio de expressar também a criatividade. “A participação da juventude na igreja é muito significativa”, destacou, lembrando que é preciso dos jovens para a tradição se manter viva.

Dom Biasin explicou que a missa de Corpus Christi é uma forma de externar o amor à Eucaristia, celebração da morte e ressureição de Jesus (Foto: Libânia Nogueira)

Dom Biasin explicou que a missa de Corpus Christi é uma forma de externar o amor à Eucaristia, celebração da morte e ressureição de Jesus (Foto: Libânia Nogueira)

Pensando em atrair os mais jovens, a Diocese Barra do Piraí – Volta Redonda, que reúne doze cidades do Sul Fluminense, dará início em julho ao projeto “Portas Santas”. O objetivo é estreitar o relacionamento com a juventude e tornar o projeto num espaço de diálogo nas escolas e universidades.

O seminarista Gabriel Ribeiro, de 23 anos, da Diocese Barra do Piraí-Volta Redonda, também falou sobre a participação dos jovens dentro da igreja.

– A juventude está presente exercitando a fé junto à família dentro da igreja. A instituição propicia ações voltadas também ao jovem que deve exercitar constantemente a sua fé. Eu recebi no período de minha juventude o chamado de Deus, sei que o processo é longo e sigo em frente com o convite para atender as necessidades do povo – disse ele que estuda para ser padre.
A moradora do Conforto, Regina Célia Mageste, disse que para ela religião é algo imprescindível e afirmou que exerce a fé desde criança e repassa isso à família, principalmente ao filho adolescente.

– Sou católica desde criança e sigo a tradição da festa de Corpus Christi, que representa aos fiéis o sacrifício de Cristo por nós. Atualmente devemos seguir mais do que nunca as escrituras, pois o mundo está revirado. Eu tento incentivar e passar esse conhecimento religioso para toda a minha família, assim como eu recebi, inclusive ao meu filho que está na adolescência, e sabemos que é uma fase difícil de descobertas e escolhas. A religião significa muito na vida de uma pessoa, ela que ajuda a fortalecer a fé para vencer as barreiras que surgirem ao longo do caminho – resumiu.

A artesã Maria Madalena Leal da Silva frequenta a Igreja Menino Jesus, no bairro Volta Grande III, que pertence à Paróquia Santo Agostinho. Mas, embora tenha sido celebrada missa na igreja que frequenta, ela preferiu ir à de Nossa Senhora das Graças pela tradição de Corpus Christi, da elaboração do tapete e também pela procissão. Sempre católica, Maria Madalena se emocionou com o número de fiéis reunidos na celebração.

– Gosto muito dessa tradição do tapete e da procissão. Adoro ver a multidão acompanhando e se envolvendo, é uma energia muito boa estar entre todo mundo, caminhando. Essa tradição deve ser mantida, porque é um resgate da igreja, e tem a participação da juventude. E acredito que reservar esse dia para o significado da data não é um sacrifício. Muita gente costuma viajar, por ser um feriado prolongado, mas acho que a gente tem outros dias para isso. Esse dia tem que ser guardado – priorizou a católica.

Procissão em Barra Mansa

(Foto: Franciele Bueno)

Fiéis participaram de procissões em Barra Mansa; na imagem eles percorrem o bairro Barbará (Foto: Franciele Bueno)

Em Barra Mansa, na Igreja São José Operário, no bairro Barbará, os fiéis participaram pela manhã de uma missa conduzida pelo padre Nobuo Sano e, em seguida, saíram em procissão contornando a igreja para a benção solene de adoração ao Santíssimo. Após a procissão retornaram à igreja para a benção final. O grupo de oração Terra Nova foi o responsável pela confecção dos tapetes, tradição realizada há mais de 10 anos na paróquia.

Recepção: Tapete com serragem e folhas foi feito na entrada da Igreja São João Batista, no distrito de Arrozal, em Piraí (Foto: Libânia Nogueira)

Recepção: Tapete com serragem e folhas foi feito na entrada da Igreja São João Batista, no distrito de Arrozal, em Piraí (Foto: Libânia Nogueira)

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2 comments

RESPOSTA 2 27 de maio de 2016, 07:45h - 07:45

CARROS ESTACIONADOS NO MEIO DA RUA, FORA DO LUGAR, PARANDO E CAUSANDO TRANSITO EM FRENTE A IGREJA, E A GUARDA MUNICIPAL PASSANDO E NÃO FAZENDO NADA.

Carlos 27 de maio de 2016, 00:25h - 00:25

Alo redação, a Igreja Nossa Senhora das Graças fica no BAIRRO “JARDIM PARAIBA”.

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