Volta Redonda – Uma bengala inteligente: é esse o projeto desenvolvido por alunos do último ano do Ensino Fundamental do Colégio João XXIII, unidade da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), no Retiro. O anúncio foi feito pela prefeitura neste sábado (20). Os estudantes de Robótica da unidade de ensino participam da iniciativa, uma parceria entre a Fevre e a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD), para criar bengalas inteligentes para os deficientes visuais assistidos pela SMPD.
Dois protótipos já saíram do papel, foram apresentados e testados por uma aluna com deficiência visual. Taís avaliou as bengalas, testou os protótipos e apontou melhorias que podem ser feitas pelos alunos para facilitar a utilização.
A Bengala Inteligente se propõe a auxiliar pessoas com deficiência através de sinais sonoros, quando se aproxima de um obstáculo. E ainda conta com o recurso de vibrar quando está próxima demais de algo que esteja atrapalhando o percurso. Assim que não houver mais obstrução no caminho, a vibração para. A bengala é fácil de transportar, tem botões de toque e vai utilizar bateria recarregável.
O presidente da Fevre, Caio Teixeira, avaliou a iniciativa como fundamental e destacou o papel dos estudantes neste projeto. “É uma enorme satisfação a gente poder apoiar um projeto desse, que ajuda as pessoas com deficiência e, principalmente, ver que isso está sendo feito por alunos. Estamos ajudando e educando no mesmo projeto”, afirmou Caio.
A secretária da Pessoa com Deficiência, Eliete Vasques, também elogiou o projeto. “É com grande entusiasmo e orgulho que comento sobre o extraordinário projeto desenvolvido por alunos da Fevre, que se dedicaram à criação de uma bengala automatizada para deficientes visuais. Ao utilizar a robótica para melhorar a mobilidade e a independência de pessoas com deficiência, este projeto reforça a ideia de que a tecnologia pode e deve ser uma aliada na superação de barreiras físicas e sociais”, frisou Eliete.
Professor de Robótica e mentor dos alunos na ideia da Bengala Inteligente, Frederico Pitasse, destacou a questão social da iniciativa. “Aqui, a gente trabalha muito com competição, mas sempre nos preocupamos também com o social. E a partir das ideias dos alunos, juntamente com a secretaria, nós desenvolvemos a bengala inteligente, que é o nosso protótipo, onde a gente vem trabalhando para ajudar de uma forma geral a população”, ressaltou Frederico.
Aluno do projeto de robótica e membro da equipe que está desenvolvendo a Bengala Inteligente, Luiz Filipe Pires, contou como é participar da iniciativa. “É bem mais gratificante do que participar de uma competição, em um campeonato você ganha no máximo uma medalha, neste projeto nós mudamos a vida de muitas pessoas”, salientou.