As grandes aventuras da Arábia

by Diário do Vale
Simbad: Enfrentando monstros e esqueletos
Genios: O filme que inspirou a série de TV
Europeu: Steve Reeves é o ladrão de Bagdá
Olho: A maior aventura de Simbad
Lenda: Brad Pitt é Simbad

O filme “Aladim”, em cartaz nos cinemas, é apenas o último de uma série de longas inspirados no folclore árabe. As histórias das “Mil e uma noites” têm fascinado os diretores de Hollywood desde os tempos do cinema mudo. A fase dos filmes coloridos começou na década de 1950 com produções inglesas, que usavam os efeitos de stop motion do especialista Ray Harryhausen. A maioria está disponível em DVD e permitem organizar uma noite das arábias com os amigos cinéfilos, é só encomendar os kibes e as esfias e colocar os filmes no DVD.
Um dos primeiros filmes desta série é “Simbad e a princesa”, uma produção de 1959 onde o célebre marinheiro iraquiano tenta salvar uma princesa, que foi transformada em miniatura por um mago malvado. Kerwin Mathews e Kathryn Grant interpretam o casal do título, mas o melhor do filme são os efeitos visuais. Como a cena da luta do herói com os esqueletos e do pássaro gigante Roc. E a lâmpada de Aladim já faz uma participação no filme.
Outro herói do folclore árabe é o Ladrão de Bagdá. Ele não é tão popular quanto Simbad, mas foi o personagem de um dos melhores filmes do gênero. “As aventuras do ladrão de Bagdá” uma produção europeia de 1961 filmada nos estúdios italianos de Cinecittá e nas paisagens desérticas da Tunisia. Steve Reeves faz o papel do herói e Giorgia Moll é a princesa em perigo. Aqui ela é enfeitiçada por um vizir malvado e mergulha num sonho contínuo como a Bela Adormecida. O encanto só será quebrado se alguém trouxer a mítica rosa azul.
Steve Reeves foi o antecessor do Arnold Schwarzenneger. Como o Arnoldão, ele começou a carreira como campeão de halterofilismo e daí iniciou uma carreira no papel de herói de uma série de filmes mitológicos, todos rodados na Itália. “As aventuras do ladrão de Bagdá” ainda surpreende pela qualidade dos efeitos visuais, criados com recursos mecânicos numa época em que o cinema nem sonhava com os modernos efeitos de computação gráfica. O herói enfrenta perigos fantásticos para encontrar a tal rosa azul, incluindo monstros vegetais e uma feiticeira que transforma os homens em pedra.
Em 1964 a história de Aladim e da lâmpada mágica ganhou uma versão moderna. Em “Um gênio entrou lá em casa”, Tony Randall é um publicitário nova-iorquino que encontra a lâmpada mágica num brechó. É claro que o gênio sai de dentro e tenta melhorar a vida do herói, mas cria uma serie de confusões. O filme tem a participação da atriz Barbara Eden, que acabou virando a versão feminina do gênio da lâmpada no seriado “Jeanie é um gênio”, um dos maiores sucessos da década de 1960 e esta disponível em DVD até hoje. É outra versão moderna da história e quem encontra a lâmpada com o gênio é o major Nelson, um astronauta da NASA.
De volta à Arábia das mil e uma noite temos a última aventura de Simbad, a ser produzida com os efeitos do mago Ray Harryhausen. “Simbad e o olho do tigre”, de 1977, tem Patrick Wayne como o herói e Jane Seymour, que tinha acabado de trabalhar com o James Bond em “Viva e deixe morrer”. Seymour é a princesa Farah, que pra variar não é enfeitiçada pela vilã. Zenobia, a bruxa do filme, prefere transformar o irmão dela, o príncipe Kassin num babuíno que joga xadrez. O macaco, todo feito em stop motion é uma obra prima. E como todo filme do Simbad tem que ter monstros Harryhausen ainda cria uma morsa gigante e um tigre dentes de sabre.
A última aventura do Simbad no cinema foi o longa de animação “Simbad a lenda dos sete mares”, que a Dreamworks produziu em 2003. Os atores Brad Pitt e Catherine Zeta Jones fazem a voz do casal de heróis no original. O filme foi prejudicado por ter sido produzido quando os americanos ainda estavam traumatizados pelo ataque do 11 de setembro de 2001, e não queriam nem ouvir falar em árabes. Por causa disso Simbad virou um herói grego, que mora na cidade de Siracusa e não na Basra do original, mas o filme é lindo e ainda não foi superado.

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