GAPC completa 15 anos de atividades em Volta Redonda

by Diário do Vale

GAPC apoia pessoas com câncer com diversos tipos de serviços-
Foto: Júlio Amaral

Volta Redonda- Na semana do Dia Mundial de Combate ao Câncer, que este ano foi lembrado na última quarta feira, dia 08, o GAPC (Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer) aproveitou para fazer um balanço dos 15 anos de atividades em Volta Redonda. Entidade sem fins lucrativos, atua desde 2004 na cidade, com a missão de amenizar o sofrimento de seus assistidos e familiares.

De acordo com a assistente social Cássia Rosana Abrahão, que coordena a unidade em Volta Redonda, o câncer é uma doença que por vezes também provoca a desestruturação familiar e outros males sociais. Por isso, o GAPC disponibiliza gratuitamente aos seus assistidos os mais variados serviços. Estão na lista atendimento social, nutricional e psicológico. Da mesma maneira, o grupo oferece fisioterapia, orientação jurídica, terapias ocupacionais (artesanato, reciclagem e patchwork) e terapias alternativas, como reike, florais de Bach e acupuntura. A isso tudo, juntam-se minicursos e palestras.

– Buscamos oferecer aos nossos pacientes os mais variados serviços, sem qualquer custo e em um ambiente familiar, agradável. Desde maio do ano passado estamos atuando na Rua Manoel dos Santos Gonçalves, 130, no Jardim Amália I e próximo ao Hospital Hinja – afirma ela.
Segundo a coordenadora, atualmente são duas mil pessoas no cadastro ativo do GAPC em Volta Redonda.

– Hoje atendemos por ano em torno de 2 mil pacientes ativos na região, que são encaminhados por oncologistas e mastologistas da rede pública ou particular, lembrando que temos cadastrados 5.800 pacientes. Por mês, realizamos em torno de 30 cadastros de novos casos de câncer que buscam a entidade, sendo que 70% de nossos cadastros são de câncer de mama – destaca.

Mas para realizar o trabalho, o GAPC busca constantemente apoio das mais diferentes esferas da sociedade, pois não há ajuda governamental. Com isso, a entidade sobrevive apenas de doações particulares provenientes de empresas ou pessoas físicas. “Hoje, o que nós mais precisamos é de dinheiro, de suplementos alimentares e fraldas geriátricas”, contou ela.

Pessoas assistidas contam experiências

Eliane Braga conheceu o GAPC por indicação de outros pacientes de quimioterapia. Ela afirma que já frequenta a entidade há um ano e meio, com aprovação total ao atendimento recebido.

– É um ótimo local e onde eu fui bem acolhida por todos, pois eles levantam a autoestima e me fazem sentir como se eu estivesse em casa. No GAPC realizo diversas atividades como atendimento psicológico, reike, endocrinologista e massagista – elogia Eliane.

Já a paciente Cristiane Amaral frequenta o GAPC há dois anos e ainda está em tratamento. Segundo ela, foi acompanhando uma amiga que estava em tratamento de câncer de mama que ela acabou conhecendo o GAPC. Aos poucos, foi percebendo como as pessoas eram bem amparadas tanto profissionalmente como também emocionalmente.

– Quando fui diagnosticada, também passei a frequentar o local e comprovei o excelente serviço oferecido pelos profissionais, notando que o serviço deles é bom não somente para o lado da saúde. Eles também se preocupam em nos preparar para enfrentar a doença, levantando a nossa autoestima devido a um atendimento diferenciado e específico. Tudo que preciso eu encontro lá. Este é o grande diferencial. Eles não tratam você como paciente e sim como alguém da família – elogia.

O GAPC atende pessoas em Engenheiro Passos, Penedo, Floriano, Barra Mansa, Volta Redonda, Vargem Alegre, Barra do Piraí, Piraí, Passa Três, Rio Claro, Angra dos Reis, Cachoeira de Macacu, Areal, Lídice, Pinheiral, Visconde de Mauá, Japeri, Paracambi, Engenheiro Paulo Frontin, Mendes, Vassouras, Valença, Rio das Flores, Comendador Levy Gasparian, Três Rios, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Petrópolis.

Pesquisa mostra relação entre doença e estilo de vida

Dados publicados pela revista Cancer Epidemiology mostram uma relação íntima entre o câncer e o estilo de vida adotado pelo paciente. Um terço das mortes causadas por 20 tipos de câncer no Brasil poderia ser evitado com mudanças de hábito. Tabagismo, consumo de álcool, excesso de peso, alimentação não saudável e falta de atividade física são fatores de risco associados a 114 mil casos da doença (27% do total) e 63 mil mortes (34% do total) por ano no Brasil.

O estudo foi realizado por pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e da Harvard University, nos Estados Unidos, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O levantamento aponta, por exemplo, que a incidência de câncer de pulmão, de laringe, de orofaringe, de esôfago, de colón e de reto poderia ser reduzida pela metade caso esses cinco fatores de risco fossem eliminados. Leandro Rezende, pesquisador da FMUSP e um dos autores do estudo, destaca que não se conhece outra forma de prevenir tantos casos.

Estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que, em 2025, os casos de câncer cresçam em até 50% no Brasil em decorrência do aumento e do envelhecimento da população. Atualmente, a doença é a segunda causa de morte no país.

O levantamento da FMUSP, contudo, aponta que, além das mudanças na estrutura populacional, o aumento da prevalência desses cinco fatores de risco no estilo de vida do brasileiro pode representar novos desafios para o controle do câncer na população. Os pesquisadores traçaram estimativas de redução da doença caso esses fatores sejam reduzidos.

Essas alterações, do ponto de vista populacional, poderiam evitar 19.731 casos de câncer (4,5% dos casos) e 11.480 mortes (6,1%).

Por Júlio Amaral

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