Rio – O Ministério Público (MP) ajuizou ação civil pública contra duas empresas do presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Jorge Picciani, por lavagem de dinheiro com a venda subfaturada de gado. O MP acusa as empresas Agrobilara e Agrocopa por atos contra a administração pública e improbidade administrativa.
Investigação do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) descobriu duas operações fraudulentas entre o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes de Carvalho, réu colaborador, e as empresas de Picciani. Segundo os promotores, o objetivo de Jonas Lopes era esconder aumento de patrimônio, fruto de dinheiro obtido com propinas, por meio da compra de gado das duas empresas.
A maior parte do dinheiro da transação era paga por fora, mascarando o real valor do negócio. Em duas operações, o ex-presidente do TCE pagou por fora a soma de R$ 760 mil a Picciani, pois não teria como comprovar a posse do valor total legalmente.
O MP requer à Justiça o afastamento dos réus de funções públicas e a indisponibilidade de R$ 10 milhões em bens. Os pedidos individualizados buscam bloquear R$ 2,1 milhões da Agrobilara e R$ 1,2 milhão da Agrocopa. Também foram requeridos os bloqueios de R$ 4 milhões de Jorge Picciani, R$ 2,28 milhões de seu filho e administrador das empresas, Felipe Picciani, e de seu sócio, André Monteiro, R$ 780 mil.
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (22), pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, e os promotores Patrícia Villela e Sílvio Ferreira de Carvalho Neto. Segundo o MP, Jonas Lopes disse que, em setembro de 2014, adquiriu R$ 600 mil em cabeças de gado da empresa Agrobilara, mas a nota fiscal foi emitida com o valor de apenas R$ 100 mil. Os outros R$ 500 mil foram pagos por fora, em dinheiro, entregues na sede do TCE e na sua residência. Ainda de acordo com o depoimento, entre agosto e dezembro de 2015, foi feita negociação semelhante com a Agrocopa. Ele comprou 70 cabeças de gado por R$ 450 mil, mas a nota fiscal foi emitida em R$ 187,9 mil.
O MP requer ainda a condenação das empresas às sanções previstas na Lei Anticorrupção, que prevê a dissolução compulsória das empresas e multa de até 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo.
7 comments
O negócio era legal, empresários compravam bois acima dos preços praticados no mercado, isso não é crime. Mas para pagar esses bois, os empresários ganhavam um pequeno contrato com o Estado, seria uma venda casada?
Recebi hj uma informação gostaria de saber se existe algum fundamento: QUE OS TRILHOS QUE SUMIRAM DA PERIMETRAL do Rio estão em um sitio em Conservatória pra a construção de uma ponte. Sabem de quem é o sitio???D Srº PICIANNI
Quem votou em qualquer candidato do PMDB ou de partidos ALIADOS deram o voto para este bandido.
E se estiver pensando em PAGAR A MULTA eleitoral saiba que o dinheiro vai para o Fundo Partidário e os maiores beneficiados serão o PMDB e PT.
Caso vote até pode beneficiar 01 bandido.
Caso PAGUE A MULTA vai beneficiar VÁRIOS BANDIDOS ao mesmo tempo.
Mais um político ladrão do RJ. Tomara que fique bastante tempo em cana.
Família Picciani… cambada de ladrões. Políticos corruptos. General Braga Netto está de olho.
bandidos da pior espécie… que apodreçam na cadeia… infelizmente isso não acontecerá
Quando na última eleição presidencial esse senhor apareceu nos outdoors nas ruas da Baixada Fluminense ao lado do Lindinho e da Dilma Roussef, eu pensei comigo mesmo: “Esse é bandido!”…
Há um velho ditado que diz: “Diga-me com quem andas, que te direi quem és!”…
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