Barra Mansa – Policiais civis, com apoio do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), prenderam seis pessoas, suspeitas de participação em organização criminosa, que emprega hackers, para fraudar contas bancárias. A ação é parte da Operação “Open Doors” (Portas Abertas), que aconteceu na manhã desta quinta-feira, 12, em diversos estados, incluindo cidades do Sul Fluminense, no Rio de Janeiro.
Na região a investida, que contou com o apoio de seis equipes da Polícia Civil, foi coordenada pelo delegado titular da 89ª |DP (Resende), Michel Floroschk, e o delegado adjunto da 90ª DP (Barra Mansa), Vinícius Coutinho, cumpriram mandados expedidos pela Justiça em Volta Redonda, Barra Mansa, Resende.
O delgado adjunto disse que entre os presos está uma mulher e um homem, moradores do distrito da Califórnia, em Barra do Piraí, além de outro casal, morador da Vila Mury, e mais dois homens, no Jardim Belvedere, em Volta Redonda. O delegado não revelou os nomes dos suspeitos.
A operação resultou ainda na apreensão de computadores, extratos bancários, documentos e aparelhos de celular. O material será periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Os presos foram levados para a Delegacia de Barra Mansa e serão transferidos para o sistema prisional do Rio de Janeiro.
– A operação de hoje foi para reprimir a lavagem de dinheiro, dos crimes praticados, anteriormente, pela organização criminosa – disse Vinícius, acrescentando que as investigações estão sob segredo de Justiça.
Segundo a polícia, o casal preso em Volta Redonda, o homem era o “laranja” e depositava o dinheiro retirado ilicitamente de terceiros, em sua conta bancária. Já a mulher se passava por funcionaria de bancos, colhia os dados pessoais dos correntistas e os repassavam aos hackers, que aplicavam os golpes fraudulentos.
A operação também foi realizada na cidade do Rio de Janeiro, e nos estados de: Paraná, Goias, Minas Gerais e São Paulo, onde foram presas outras pessoas. A intenção foi cumprir 21 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão. Os presos nos seis estados brasileiros, onde a operação foi realizada, responderam por furto qualificado, ocultação de patrimônio, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O delegado titular da 90º DP (Barra Mansa), Ronaldo Aparecido de Brito, que também atuou na operação, está em Curitiba, onde prendeu o hacker Lucas Lagla Turquerto, o Bart, (referência ao personagem do desenho animado Simpson’s), que morava em uma cobertura de luxo. Segundo o policial, o local funcionava como um tipo de quartel general do crime, onde foram encontrados vários computadores utilizados para trabalhos ilícitos. Também foram encontrados computadores, documentos e R$ 600 mil.
Ainda nesta quinta-feira no Paraná, os agentes foram cumprir um mandado de prisão na casa do cantor sertanejo, Rick Ribeiro, mas ele não foi encontrado. Segundo o Ministério Público, o cantor já considerado foragido da Justiça.
Rick Ribeiro chegou a ser preso em setembro de 2018, acusado de ser um dos hackers do grupo criminosos. Segundo o MP, o cantor costumava a usar o dinheiro das fraudes para financiar seus clips e adquirir carros de luxo. Atualmente, Rick respondia o processo em liberdade, mas outro mandado de prisão foi expedido contra ele.
Operação
A Open Doors foi deflagrada em agosto de 2017 e já prendeu dezenas de suspeitos, entre eles, um dono de joalheiras da região. Ele foi preso há exatamente em um mês. Segundo as investigações, a organização criminosa agia primeiramente com a atuação dos hackers, que burlavam a segurança bancária para obter acesso a dados de titulares de contas bancárias, como senhas, CPF, número de agência e conta, nome completo do titular e dependentes.
A partir destas informações os suspeitos solicitavam a outros membros da quadrilha, chamados de “cabeças”, que lhes fornecessem as contas de “laranjas” para que pudessem direcionar o dinheiro das vítimas. Os valores eram retirados, posteriormente, em espécie. Entre 2016 e 2018, a quadrilha desviou de contas bancárias R$ 150 milhões, adquiriam bens materiais como mansões, carros de luxo, iates e lanchas. Um dos locais de concentração da quadrilha foi em Barra Mansa.
Fases
O delegado, Ronaldo Brito, explicou que esta é a quinta fase da operação. Ele lembrou que as investigações tiveram início a partir da prisão de um hacker, em 2012, suspeito de mandar matar três pessoas.
– Esse hacker está preso, aguardando julgamento – explicou o policial, acrescentando que a quinta fase da “Operação Open Doors”, combate um grupo, liderado por hackers, que prática crimes patrimoniais, como a subtração de valores de contas bancárias de terceiros por meio de transações fraudulentas.
15 comments
Pode investigar mais e mais. Tem muita gente nesse esquema aí. Tem bares e restaurantes que não entram uma mosca e o negócio segue funcionando. Lava-se dinheiro de montão aqui na região. Só não enxerga quem não quer
Delegado Michel é de Resende, seria mto bom em VR sim. BM TB, está bem representado pelo Delegado Ronaldo.
Por gentileza no Belvedere, rua professora Maria Wanda Padilha, na metade da rua no prédio de três andares mora o Renan Figueiredo Marques. O cara vende droga na cara dura. Várias passagens! Alô P2!!!! Isso marginaliza o bairro. Precisamos de providências. Por favor!!!
Rapaz, se tem uma única coisa em Barra Mansa que nos dá orgulho chama-se polícia civil, o rapaziada boa de serviço. Esse delegado busca bandido até no inferno se for preciso. :))))
kjkjkjkjkjkj
Esse Delegado é atuante, quer trabalhar, por isso deveria ser criada uma super delegacia pudesse comandar investigação em todo o nosso Estado. Deus ilumine o senhor nessa difícil tarefa.
Concordo, deveríamos fazer um elogio formal acerca da sua atuação ao Governador do Estado.
acorda povo! Não é possível que sejam tão inocentes assim.
Essa é o melhor delegado da região, tinha que assumir a delegacia de VR.
Eu não entendi o comentário…
Pq assumir volta redonda ?
Um delegado bom, como vc msm disse não pode ficar em BM ???
Estou falando de uma cidade com uma população maior, não desmerecendo BM, mas VR tem mais demanda e precisa de um delegado como esse.
VR é a caixa de ressonância da região, logo ele teria mais visibilidade aqui, assim como aconteceu com Furtado.
O dono da joalheira Mendonça continua preso, ou ja está nas ruas?
Segundo a polícia, ele permanece preso.
A familia fala que já está solto.
A Justiça o soltou.
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